Limiares auditivos em altas frequências e emissões otoacústicas na fibrose cística

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. j. otorhinolaryngol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-12

RESUMO

Resumo INTRODUÇÃO: O tratamento dos pacientes com fibrose cística envolve o uso de medicamentos ototóxicos, principalmente de antibióticos aminoglicosídeos. Devido ao uso destes medicamen-tos, os pacientes fibrocísticos apresentam risco de desenvolver perda auditiva. OBJETIVO: Avaliar a audição dos pacientes com fibrose cística pela Audiometria de Altas Frequências (AAF) e Emissões Otoacústicas por Produto de Distorção (EOAPD). MÉTODO: Estudo transversal. O grupo de estudo foi constituído por 39 pacientes com idades entre 7 e 20 anos com fibrose cística e o grupo controle por 36 indivíduos da mesma faixa etária, sem queixas otológicas, com limiares audiométricos normais e curvas timpanométricas tipo A. Foram realizados os exames de audiometria de altas frequências e emissões otoacústicas por produto de distorção. RESULTADOS: O grupo de estudo apresentou limiares significativamente mais elevados em 250; 1000; 8.000; 9.000; 10.000; 12.500 e 16.000 Hz; (p = 0,004) e maior prevalência de alterações nas emissões otoacústicas em 1.000 e 6.000 Hz (p = 0,001); com amplitudes significativamente mais baixas em 1.000; 1.400 e 6.000 Hz. Houve associação significativa entre as alterações dos limiares auditivos na AAF com o número de ciclos de aminoglicosídeos realizados (p = 0,005). Oitenta e três por cento dos pacientes que foram submetidos a mais de 3 ciclos de aminoglicosídeos apresentaram perda auditiva na AAF. CONCLUSÃO: Um número significativo de pacientes com fibrose cística que receberam repetidos ciclos de aminoglicosídeos apresentou alterações na AAF e EOAPD. A realização de 10 ou mais ciclos de aminoglicosídeos esteve associada às alterações na AAF.

ASSUNTO(S)

fibrose cística aminoglicosídeos audiometria

Documentos Relacionados