Leptina em fêmeas suínas: relação com status reprodutivo e causas de descarte / Leptina em fêmeas suínas: relação com status reprodutivo e causas de descarte / Leptin in swine females: relationship between reproductive status and culling causes / Leptin in swine females: relationship between reproductive status and culling causes

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

22/11/2011

RESUMO

A leptina é um hormônio peptídico multifuncional, produzido primariamente pelo tecido adiposo, com receptores (Ob-Rs) presentes em órgãos reprodutivos, hipotálamo e hipófise, que atua na regulação do apetite e no gasto energético, com potencial influência sobre a expressão da função reprodutiva, na puberdade e após a lactação. Desordens reprodutivas são as causas mais comuns, atribuídas ao total dos descartes, entre 30 e 40%. Considerando a alta proporção de descartes por estes problemas, a avaliação dos órgãos genitais no abate tem importante valor diagnóstico, auxiliando na identificação do estágio do ciclo estral da fêmea e na interpretação de possíveis anormalidades reprodutivas. O seu receptor de forma longa (OBR-b) realiza transdução de sinal em diversos tipos celulares via cascata das proteínas quinases ativadas por mitógenos (MAPK), tais como ERK 1/2 e p38. A primeira etapa do trabalho teve por objetivo avaliar a presença da leptina, e das MAPK nos oócitos de fêmeas suínas púberes e pré-púberes. Envolveu ovários de 10 fêmeas pré-púberes e 10 púberes coletados no abate e lâminas foram analisadas de oócitos inclusos em folículos primordiais/primários (OIFP), secundários (OIFS) e terciários (OIFT). Para a técnica de imuno-histoquímica (IHQ) os anticorpos policlonais instilados foram anti-leptina, anti-phospho- MAPK (ERK 1/2 e p38). A segunda etapa envolveu 28 porcas púberes descartadas, das quais foram analisados os neurônios do hipotálamo, glândulas endometriais e oócitos. Para a IHQ foram utilizados anticorpos policlonais anti-leptina e anti-receptor da leptina e objetivou comparar as respostas com os dados produtivos e reprodutivos a partir do registro de cada fêmea. Em ambas as etapas de trabalho foram utilizadas as modas obtidas pelo aplicativo 16 Bit-Histograma do software Image J. A imunomarcação da leptina e a presença de ERK 1/2 ativada MAPK foram mais intensas em oócitos de porcas (p≤0,05), enquanto que a marcação para p38 MAPK ativada foi mais intensa em oócitos de leitoas (p=0,05). Em porcas, os OIFP estavam mais intensamente marcados para a leptina e p38 MAPK (p<0,05), mas para leitoas não foi observada diferença na marcação dos oócitos independente do estádio folicular. No hipotálamo a imunomarcação para a leptina foi mais intensa nas porcas descartadas por problemas reprodutivos (p<0,05). O hipotálamo, útero e oócitos das porcas que estavam na fase lútea ou fase folicular apresentaram imunomarcação para leptina e OBR-b mais acentuada que naquelas que possuíam cistos ovarianos. A imunomarcação para a leptina foi mais acentuada no hipotálamo e útero daquelas porcas do grupo ordem de parto 2 (OP 2-4) (p<0,05). Estes resultados demonstram que a leptina pode ser um dos marcadores para competência oocitária. Além disso, pode também ser observado que fêmeas cíclicas com OP 2-4 partos apresentam imunomarcação mais intensa para leptina no hipotálamo e útero, e OBR-b nos oócitos e útero. O OBR-b obteve marcação mais acentuada em fêmeas primíparas e multíparas, que nulíparas. Portanto, a imunomarcação para leptina e OBR-b podem ser um marcador de sinalização reprodutivo em fêmeas suínas.

ASSUNTO(S)

medicina veterinaria leptina receptor da leptina mapk púberes pré-púberes leptin leptin receptor mapk pubertal prepubertal

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