Invasão linfática clinicamente não detectável do câncer vulvar

AUTOR(ES)
FONTE

Revista da Associação Médica Brasileira

DATA DE PUBLICAÇÃO

2005-08

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar em mulheres com carcinoma escamoso da vulva menor que 5 cm e clinicamente sem comprometimento inguinal a invasão por neoplasia nos linfonodos inguinais superficiais e profundos. MÉTODOS: Foram avaliados os dados de 59 mulheres atendidas entre outubro de 1982 e janeiro de 2004 na Universidade Estadual de Campinas, em decorrência de carcinoma escamoso invasivo da vulva T1 ou T2 e com linfonodos inguinais clinicamente livres de invasão neoplásica (N0). Foram levantadas características clínicas do tumor e das pacientes e os dados do seguimento. Foram calculados os odds ratio e teste exato de Fisher para as associações entre a invasão dos linfonodos inguinais com o tamanho do tumor, grau histológico, recidivas e complicações. A confiança estatística foi de 95%. RESULTADOS: A idade das mulheres variou de 34 a 91 anos (média de 67 anos), com tempo de seguimento entre três dias (óbito perioperatório) e 252 meses (média de 27 meses). Clinicamente, 22 (37%) mulheres apresentavam tumores T1 e 37 (63%) T2. Após análise histológica, seis (10%) mulheres apresentavam invasão unilateral e três (5%) bilateral, não havendo associação entre o tamanho do tumor e a invasão dos linfáticos inguinais. Também o tamanho do tumor à avaliação patológica e seu grau histológico não se mostraram associados à invasão nos linfonodos inguinais. Recidivas e complicações tardias não se correlacionaram com a invasão neoplásica inguinal. CONCLUSÕES: A dissecção inguinal superficial e profunda revelou invasão neoplásica clinicamente não detectável em 15% das mulheres estudadas, apesar de que tamanho e grau histológico do tumor, recidivas e complicações tardias não estiveram associadas com a invasão nos linfonodos.

ASSUNTO(S)

câncer da vulva linfonodos metástases cirurgia

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