Intervenção coronária pelas vias radial ou femoral no infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST: uma visão da prática clínica contemporânea
AUTOR(ES)
Welter, Dulce I., Sarmento-Leite, Rogério, Cardoso, Cristiano O., David, Renato Budzyn, Rover, Marciane M., Abelin, Anibal P., Sebben, Juliana C., Azmus, Alexandre D., Baldissera, Felipe A., Dutra, Oscar P., Peñaloza, Mário F. L., Gottschall, Carlos A. M., Quadros, Alexandre Schaan de
FONTE
Revista Brasileira de Cardiologia Invasiva
DATA DE PUBLICAÇÃO
2011-09
RESUMO
INTRODUÇÃO: A via radial é um acesso seguro para procedimentos percutâneos e reduz as complicações vasculares locais. Neste estudo comparou-se a evolução hospitalar de pacientes com infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST) submetidos a intervenção coronária percutânea primária (ICPp) por via radial vs. via femoral. MÉTODOS: Estudo de coorte prospectivo com pacientes consecutivamente atendidos entre dezembro de 2009 e maio de 2011. RESULTADOS: Foram incluídos 794 pacientes, 82 (10,3%) tratados por via radial e 712 (89,7%), por via femoral. Pacientes do grupo radial eram mais jovens (56,2 ± 10,7 anos vs. 61,2 ± 11,9 anos; P < 0,01), mais frequentemente do sexo masculino (78% vs. 68%; P = 0,06), com menor prevalência de diabetes (9,8% vs. 20%; P = 0,02) e maior fração de ejeção do ventrículo esquerdo (61,2 ± 11,8% vs. 55,5 ± 12,1%; P = 0,05). Não houve diferença em relação à maior parte das características angiográficas. Tromboaspiração (44% vs. 31%; P = 0,01) e administração de glicoproteína IIb/IIIa (41% vs. 26%; P = 0,004) foram mais utilizadas no grupo radial. O fluxo TIMI 3 final (93% vs. 88%; P = 0,47) e o blush miocárdico 3 (70% vs. 66%; P = 0,87) foram semelhantes entre os grupos. Não foram observadas diferenças em relação a óbito (7,5% vs. 8,4%; P = 0,78), reinfarto (4,9% vs. 4,4%; P = 0,77), revascularização de urgência (3,7% vs. 4,1%; P > 0,99), trombose do stent (2,4% vs. 3%; P > 0,99), sangramento maior (0 vs. 1,6%; P = 0,61) ou sangramento menor (5,3% vs. 7,3%; P = 0,81). CONCLUSÕES: A abordagem transradial mostrou-se segura e efetiva, com resultados semelhantes aos da abordagem transfemoral em pacientes com IAMCSST.
ASSUNTO(S)
artéria radial artéria femoral angioplastia stents infarto do miocárdio
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