Indicação do tratamento endovascular na dissecção de aorta do tipo B - Revisão da literatura

AUTOR(ES)
FONTE

Braz. J. Cardiovasc. Surg.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-09

RESUMO

A dissecção da aorta é um evento cardiovascular de alta mortalidade quando não diagnosticado precocemente e tratado adequadamente. Na dissecção de aorta do tipo A de Stanford há o envolvimento da aorta ascendente enquanto na do tipo B este a aorta ascendente não está acometida. O tratamento da dissecção de aorta do tipo A é predominantemente cirúrgico. A mortalidade hospitalar do tratamento cirúrgico da dissecção da aorta do tipo B é de aproximadamente 20%, enquanto a do tratamento clínico é de 10%. Entretanto, metade dos pacientes que recebem alta hospitalar após o tratamento clínico, evoluem com complicações aórticas nos anos subsequentes, sendo que a mortalidade em três a cinco anos pode atingir 25 a 50%. Além disto, o tratamento cirúrgico das complicações aórticas, após o tratamento clínico, também apresenta alta mortalidade. Desta forma, o tratamento endovascular surge como interessante alternativa para o tratamento menos invasivo desta doença. Inicialmente indicado apenas para os casos complicados, apresentavam mortalidade hospitalar menor que 10% com mais de 80% de sucesso de oclusão e trombose da falsa luz. O INSTEAD TRIAL, que randomizou pacientes com dissecção de aorta do tipo B não complicada para o tratamento médico otimizado e para o tratamento endovascular em adição ao tratamento médico otimizado, demonstrou que após três anos de acompanhamento, aqueles pacientes submetidos ao tratamento endovascular apresentaram menor mortalidade e complicações relacionados a aorta. Portanto, atualmente há uma tendência em se indicar o tratamento endovascular como padrão para o tratamento da dissecção de aorta do tipo B.

ASSUNTO(S)

procedimentos endovasculares doenças da aorta aneurisma dissecante

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