Implicação da presença de células ganglionares na classificação e evolução de tumores astrocíticos circunscritos

AUTOR(ES)
FONTE

J. Bras. Patol. Med. Lab.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2013-06

RESUMO

INTRODUÇÃO: As neoplasias circunscritas incluem astrocitoma pilocítico (AP), xantoastrocitoma pleomórfico (XP) e ganglioglioma (GG), que compartilham diversas semelhanças, sendo o AP o de melhor prognóstico. Como as células ganglionares (CG) no GG podem ser escassas e os GGs podem recidivar ou evoluir (grau III), é fundamental o diagnóstico preciso. OBJETIVOS: Identificar CG e corpos granulares eosinofílicos (CGE) em AP e XP, avaliar sua implicação na evolução e comparar com o GG. MÉTODOS: Análise retrospectiva dos aspectos radiológicos, morfológicos e evolutivos (tempo livre de doença, recidiva e óbito) de 30 casos (14 AP, oito XP, oito GG). Cortes corados com hematoxilina e eosina (HE) foram revistos para a identificação da presença de CG neoplásicas e CGE. Estes foram imunomarcados para sinaptofisina (SIN) e neurofilamento (NF) e, em casos selecionados, para glial fibrillary acidic protein (GFAP). RESULTADOS: Seis AP foram reclassificados para GG pela presença de CG (HE ou imunomarcação). Alguns CGE, semelhantes às CG degeneradas, também imunomarcaram para SIN/NF, a maioria sendo negativa para GFAP. O tempo médio livre de doença foi de 62,16 meses. Quatro tumores recidivaram; um deles evoluiu para óbito. Todos os XP possuíam CG, sugerindo que são variantes de GG, dos quais quatro recidivaram (um óbito). O tempo médio livre de doença foi de 69 meses. O aspecto radiológico foi predominantemente cístico. CONCLUSÃO: Sugerimos que AP e XP com CG ou CGE imunopositivos para marcadores neuronais possam ser variantes de GG e alguns CGE representem CG degeneradas; entretanto, a presença de CG ganglionares parece não modificar o comportamento biológico dessas neoplasias.

ASSUNTO(S)

astrocitoma pilocítico xantoastrocitoma pleomórfico ganglioglioma célula ganglionar corpo granular eosinofílico classificação

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