Impacto do metilfenidato sobre a frequência e a gravidade das crises epilépticas em crianças com o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH) associado a epilepsias de difícil controle

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2010

RESUMO

Objetivo o objetivo do estudo foi avaliar a eficácia e a segurança do tratamento do Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade em crianças e adolescentes com epilepsia e crises epilépticas em atividade. Métodos 22 de um total de 75 crianças com média de idade (11,4 3,7) recebendo tratamento com drogas antiepiléticas, atendidas em um centro de atendimento terciário para epilepsia, tiveram os critérios de inclusão no estudo, apresentando pelo menos uma crise epiléptica nos últimos três meses. O diagnostico do Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH) foi realizado por uma entrevista clínica com identificação de sintomas de acordo com os critérios do DSM-IV. Também foram realizados o Kiddie-SADS e o SNAP-IV. Durante os três meses iniciais do estudo as crianças foram tratadas apenas com Fármacos antiepilépticos (FAE). Nos 3 meses restantes o Metilfenidato (MFD) foi iniciado e ajustado para doses terapêuticas. A segurança no tratamento com o MFD foi avaliada pelas mudanças na frequência e na gravidade das crises epilépticas comparando o período do baseline ao período de tratamento com o MFD. As escalas de HASS e Barkley foram utilizadas, respectivamente, para avaliar mudanças sobre a gravidade das crises e os efeitos adversos provocados com a prescrição do MFD. Melhora nos sintomas do TDAH foram avaliadas pelos escores do SNAP-IV. Resultados A análise de todo o grupo demonstrou melhora na frequência e na gravidade das crises epilépticas pelo efeito da intervenção com o MFD. Conclusão O MFD, em baixa dose, foi efetivo para o tratamento dos sintomas de TDAH, com boa tolerabilidade e segurança nos pacientes com epilepsia ativa. É necessário a realização de um estudo duplo cego envolvendo apenas sujeitos que têm epilepsias refratárias com elevada frequência de crises para confirmar os resultados deste efeito do MFD sobre a redução na frequência e na gravidade das crises epilépticas.

ASSUNTO(S)

neurociÊncia hiperatividade epilepsia - terapia anticonvulsivos crianÇas adolescentes medicina

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