Heparina intermitente não é eficaz em impedir a retirada por obstrução de cateteres centrais inseridos perifericamente em recém-nascidos de termo e prematuros

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Terapia Intensiva

DATA DE PUBLICAÇÃO

2011-09

RESUMO

OBJETIVO: Verificar se a heparina em lavagens intermitentes é eficaz em reduzir oclusões de cateteres centrais inseridos perifericamente em recém-nascidos. MÉTODOS: Estudo randomizado, aberto, controlado, prospectivo. Os recém-nascidos foram alocados em dois grupos para receber lavagens ("flushes") com 0,5 mL da solução de heparina 10UI/mL (Grupo 1, n = 64) ou com 0,5 mL de salina (Grupo 2, n = 69), a cada 4 horas através do cateter central inserido perifericamente. Foram realizadas manobras de desobstrução por pressão negativa ("3-way stopcock method") nos casos de oclusão. RESULTADOS: Foram incluídos 133 recém-nascidos. Não houve diferença significativa no número de oclusões inéditas entre os grupos (26 no grupo 1, ou 31/1000 dias de cateter; 36 no grupo 2, ou 36/1000 dias de cateter, P = 0,19). No grupo 1, 5 cateteres apresentaram 9 recidivas da obstrução, após uma tentativa de desobstrução bem sucedida. No grupo 2, 19 cateteres apresentaram 40 recidivas (P <0,0001), mostrando papel protetor da heparina contra recidivas da obstrução (risco relativo = 0,36). Contudo, a heparina não evitou a retirada por oclusão definitiva (3 cateteres no grupo 1 e 8 no grupo 2, P = 0,24). CONCLUSÃO: A heparina intermitente não é eficaz em evitar oclusão dos cateteres centrais inseridos perifericamente neonatais. Apenas reduz as recidivas, se realizadas manobras de desobstrução

ASSUNTO(S)

heparina recém-nascido cuidados críticos cuidados de enfermagem cateteres de demora

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