Fratura toracolombar tipo explosão: comparação do tratamento conservador em pacientes com e sem fratura do arco vertebral posterior

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Ortopedia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-06

RESUMO

OBJETIVO: Comparar clínica e radiologicamente os resultados a longo prazo do tratamento conservador da fratura explosão toracolombar, em pacientes com e sem fratura do arco vertebral posterior, com o propósito de avaliar eventuais diferenças na evolução destes dois tipos de lesão. MÉTODOS: Foram avaliados, retrospectivamente, os prontuários e exames de imagem (radiografias e tomografias computadorizadas) de 25 pacientes sem déficit neurológico, com fratura toracolombar tipo explosão tratados não cirurgicamente e comparados o grau de progressão da cifose entre os casos com fratura da lâmina (grupo 1) e sem fratura posterior (grupo 2). Desses, 13 pacientes foram submetidos à avaliação comparativa por meio da escala visual analógica de dor (VAS), da escala de dor e trabalho de Denis e do questionário de qualidade de vida SF-36. RESULTADOS: Foram analisados 25 pacientes (36% do grupo A e 74% do grupo B) com tempo médio de seguimento de 111,64 meses. Não houve diferença em relação ao grau de progressão da cifose durante o seguimento entre os grupos A e B (5,22º x 4,63º - p = 0,650). Dos 13 pacientes analisados funcionalmente, 46% eram do grupo A e 54% do grupo B. Nesta avaliação, apesar da VAS pior (1,83 x 5,00 - p = 0,015) nos pacientes sem fratura posterior (grupo B), não houve diferença em relação à escala de Denis (4,00 x 5,71 - p > 0,05) e SF-36 (98,60 x 90,83 - p = 0,168) entre os dois grupos. CONCLUSÃO: A fratura do arco posterior, isoladamente, parece não ser indicativo de instabilidade ou de mau prognóstico nas fraturas toracolombares tipo explosão.

ASSUNTO(S)

fraturas da coluna vertebral fraturas da coluna vertebral canal vertebral tomografia computadorizada por raios x resultado de tratamento estudos retrospectivos

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