Fratura da coluna toracolombar tipo explosão: correlação entre cifose e resultado clínico do tratamento

AUTOR(ES)
FONTE

Coluna/Columna

DATA DE PUBLICAÇÃO

2015-06

RESUMO

OBJETIVO:

Avaliar a correlação entre cifose decorrente de fratura tipo explosão da coluna torácica e lombar e desfecho clínico em pacientes submetidos a tratamento conservador ou cirúrgico.

MÉTODOS:

Foi realizado estudo retrospectivo, de corte transversal, com 29 pacientes que apresentavam fratura na coluna torácica e lombar tipo explosão tratados pelo Grupo de Coluna de hospital referência em trauma, entre os anos de 2002 e 2011. Os pacientes foram acompanhados em ambulatório por um mínimo de 24 meses. Todos os casos foram avaliados clinicamente, através dos questionários Oswestry, de qualidade de vida SF-36 e pela escala visual analógica (EVA) de dor. Também foram avaliados radiologicamente, através de exames radiográficos e tomográficos da coluna lombossacra, no momento da internação hospitalar e nos retornos ambulatoriais subsequentes, pelo método de Cobb para mensuração do grau de cifose.

RESULTADOS:

Não houve correlação estatisticamente significativa entre o grau de cifose inicial e o desfecho clínico mensurado pela EVA e pela maioria dos domínios do SF-36, tanto nos pacientes tratados de modo conservador quanto nos tratados cirurgicamente. O questionário Oswestry demonstrou benefícios para os pacientes que receberam tratamento conservador (p=0,047) em comparação com os tratados cirurgicamente (p=0,335). A análise entre diferença de cifose inicial e final e cifose final isolada, em relação ao desfecho clínico, não apresentou correlação estatística em nenhum dos escores utilizados.

CONCLUSÃO:

O resultado clínico do tratamento das fraturas da coluna torácica e lombar tipo explosão não foi influenciado por um menor ou maior grau de cifose inicial ou residual, independentemente do tipo de tratamento.

ASSUNTO(S)

fraturas da coluna vertebral vértebras lombares vértebras torácicas cifose

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