Formas de ver e viver a infância nas escolas públicas mineiras (fins do século XIX - início do século XX): práticas, espaços e tempos

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

O objetivo geral desta dissertação é investigar e analisar a produção da infância na escolarização das crianças inseridas nas aulas públicas de instrução elementar em Minas Gerais, entre as últimas décadas do século XIX e anos iniciais do século XX. Para o desenvolvimento do tema, organizou-se a dissertação em três capítulos: a produção da infância como objeto de investigação histórica, a análise da infância nos espaços/tempos escolares e o exame das práticas escolares. O primeiro capítulo apresenta um panorama sobre o desenvolvimento da historiografia da infância no intuito de explorar de modo verticalizado os conceitos e noções de infância e de criança. No segundo capítulo buscou- se demonstrar a constituição da escola como lugar privilegiado de educação da infância, em específico na análise da estruturação da escola publica mineira em fins do século XIX e início do século XX. O terceiro capítulo teve como objetivo discutir a constituição da infância por meio da investigação das práticas escolares. Constatamos que a infância, no período aqui trabalhado, era um tempo vivido precariamente, em espaços impróprios. Era uma infância caracterizada pela falta; às crianças faltavam espaços próprios, materiais, utensílios, móveis e mestres preparados. Apesar de, no plano do discurso, ser salientada a necessidade de se cuidar da infância apropriadamente e das elites governantes se apresentarem como protetoras dessas crianças, a elas foi relegada uma condição de adulto anunciado, uma criança que deveria estudar para ser útil a si e a sociedade.

ASSUNTO(S)

pratica de ensino educação teses educação história minas gerais séc. xix teses crianças educação e estado minas gerais escolas publicas

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