Fatores prognósticos nas fraturas patológicas por tumores metastáticos

AUTOR(ES)
FONTE

Clinics

DATA DE PUBLICAÇÃO

2006-08

RESUMO

OBJETIVO: As fraturas patológicas por metástase óssea determinam uma queda abrupta na qualidade de vida dos pacientes com neoplasias malignas e também aumentam sua mortalidade. Os avanços ortopédicos de osteossíntese e endopróteses têm beneficiado a prevenção e tratamento dessas fraturas. O objetivo de nosso estudo é determinar quais são os fatores prognósticos dessas fraturas patológicas tratadas no nosso serviço. CASUÍSTICA E MÉTODOS: Foram estudados 112 pacientes tratados com fraturas patológicas secundárias a tumores metastáticos entre abril de 1994 e dezembro de 2004, no nosso serviço. Os pacientes foram analisados quanto ao sexo, idade, local de metástase óssea, metástases viscerais, origem do tumor primário, tipo de tratamento, hemoglobina sérica e sobrevida. RESULTADOS: O local mais acometido foi o fêmur (44%), o tumor primário mais freqüente foi o câncer de mama (25%), o tratamento cirúrgico mais realizado foi a endoprótese não convencional (66%). As variáveis sexo, idade, tumor primário, local acometido, mestástase não-óssea e tratamento clínico versus cirúrgico não são bons preditores para sobrevida. Os pacientes operados com endoprótese (21,6 meses) apresentaram pior prognóstico que os pacientes submetidos à osteossíntese (47,8 meses). DISCUSSÃO E CONCLUSÃO: Os pacientes submetidos à osteossíntese, com uma técnica cirúrgica menos mórbida e de reabilitação mais precoce, apresentaram maior sobrevida em relação aos pacientes submetidos à endopróteses. Observamos que nossa casuística é semelhante à internacional, na qual aparece como tumor primário mais freqüente o de mama, os de origem indeterminada, próstata e pulmão.

ASSUNTO(S)

fraturas patológicas neoplasias metástases prognóstico cirurgia

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