ExigÃncias energÃticas e proteÃcas de ovinos Santa InÃs em crescimento / Energy and protein requirements for Santa InÃs sheep in growth

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

24/07/2009

RESUMO

Este estudo foi conduzido com o objetivo de determinar a composiÃÃo corporal, exigÃncias energÃticas e protÃicas de mantenÃa e ganho de peso, eficiÃncias de utilizaÃÃo da energia metabolizÃvel para mantenÃa (km) e ganho de peso (kg), bem como para a avaliaÃÃo do modelo Small Ruminant Nutrition System â SRNS, em predizer o consumo de matÃria seca (CMS) e ganho de peso corporal (GPC) de ovinos Santa InÃs em crescimento. Utilizaram-se 24 ovinos Santa InÃs em crescimento, nÃo-castrados, com idade e peso corporal (PC) mÃdio de 50 dias e 13,00  0,56 kg. ApÃs um perÃodo de adaptaÃÃo de 10 dias, quatro animais foram abatidos para serem utilizados como referÃncia para as estimativas do peso do corpo vazio (PCVZ) e da composiÃÃo corporal inicial dos demais. Os animais remanescentes foram distribuÃdos em um delineamento em blocos casualizados sendo os tratamentos, raÃÃes contendo diferentes nÃveis de energia metabolizÃvel (2,08; 2,28; 2,47 e 2,69 Mcal/kg MS), com cinco repetiÃÃes. Os animais foram alimentados à vontade atà atingir o peso de abate de 28 kg. O requerimento lÃquido de energia para mantenÃa (kcal/kg PCVZ0,75/dia) foi estimado extrapolando-se a equaÃÃo de regressÃo do logaritmo da produÃÃo de calor, em funÃÃo do consumo de energia metabolizÃvel (CEM) para o nÃvel zero de ingestÃo de EM. A excreÃÃo diÃria de N foi estimada extrapolando a equaÃÃo de regressÃo de consumo de N (g/kg PC0,75/dia) em funÃÃo da retenÃÃo de N (g/kg PC0,75/dia), para o consumo zero, o intercepto negativo do eixo Y foi considerado como as perdas endÃgenas de nitrogÃnio. Foram ajustadas equaÃÃes de regressÃo do logaritmo do conteÃdo de gordura, energia e proteÃna em funÃÃo do logaritmo do PCVZ dos animais. As derivadas dessas equaÃÃes permitiram a estimativa das exigÃncias energÃticas e protÃicas lÃquidas para ganho de peso de corpo vazio (GPCVZ). A km e kg foram estimadas pelas equaÃÃes preconizadas pelo Agricultural and Food Research Council â AFRC (1993) e conforme Harris (1970). Para validaÃÃo do modelo SRNS, utilizouse os CMS e GPC observado e predito pelo modelo para cada um dos animais experimentais, os inputs do modelo foram dados referentes a cada animal individualmente como peso corporal (PC) e CMS observado e tambÃm dados relativos à composiÃÃo bromatolÃgica das dietas e condiÃÃes ambientais. A validaÃÃo foi realizada atravÃs do ajuste de modelo de regressÃo linear simples entre os valores preditos e observados. O requisito energÃtico lÃquido de mantenÃa foi de 50,72 kcal/kg PCVZ0,75/dia. A excreÃÃo diÃria de N foi estimada em 277 mg/kg PC0,75/dia e a exigÃncia de proteÃna lÃquida para mantenÃa (PLm) em 1,73 g/kg PC0,75/dia. O conteÃdo de energia e gordura no PCVZ dos animais aumentou de 1,91 e 85,18 para 2,78 Mcal/kg PCVZ e 221,23 g/kg PCVZ respectivamente, quando os animais aumentaram de 15 para 30 kg PC. O conteÃdo de proteÃna no PCVZ dos animais diminui de 157,83 para 144,33 g/kg PCVZ quando os animais aumentaram o peso corporal de 15 para 30 kg, respectivamente. As quantidades de gordura e energia no ganho aumentaram com o aumento do PC dos animais. A exigÃncia de energia lÃquida para ganho de peso de corpo vazio aumentou de 2,94 para 4,28 Mcal/kg GPCVZ para pesos de 15 a 30 kg, respectivamente. A quantidade de proteÃna depositada no ganho diminuiu com o aumento do PC dos animais passando de 137,47 para 125,71 g/kg GPCVZ com o aumento do peso corporal de 15 para 30 kg, respectivamente. A km estimada foi de 0,71. Quando se utiliza a equaÃÃo do AFRC (1993), que sugere a estimaÃÃo da km a partir da metabolizabilidade (qm) da dieta, os valores apresentaram-se superiores para todas as dietas, variando de 0,68 a 0,73 para a dieta com concentraÃÃo de EM de 2,08 a 2,69 Mcal/kg MS respectivamente. A eficiÃncia de utilizaÃÃo da EM para ganho (kg), apresentou-se inversamente proporcional ao aumento da concentraÃÃo da EM na dieta, variando de 0,52 a 0,28 para as dietas contendo 2,08 a 2,69 Mcal/kg MS. As exigÃncias de energia dietÃticas totais aumentaram com o aumento do PC dentro de uma mesma faixa de ganho. A exigÃncia de proteÃna metabolizÃvel total de um animal de 20 kg de PC e ganhando 200 g/dia à de 52,64 g/dia, valor 34% inferior ao preconizado pelo NRC (2007) de 71 g/dia. O CMS predito pelo modelo SRNS nÃo diferiu (P≤ 0,05) estatisticamente do observado, entretanto o modelo superestimou em 5,18% o GPC. O presente trabalho vem colaborar para a construÃÃo de um banco de dados, que futuramente poderà ser condensado a diversos outros em um modelo de prediÃÃo de desempenho e planejamento alimentar, sendo Ãtil na formulaÃÃo de raÃÃes mais economicamente viÃveis para ovinos criados no Nordeste brasileiro

ASSUNTO(S)

zootecnia composiÃÃo corporal mantenÃa ganho de peso corporal exigÃncias energÃticas e protÃicas corporal composition maintenance profit of corporal weight energy and proteinic requirements

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