Estudo retrospectivo de 151 pacientes com leishmaniose cutânea tratados com antimoniato de meglumina

AUTOR(ES)
FONTE

Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical

DATA DE PUBLICAÇÃO

2005-05

RESUMO

Descrição de uma série retrospectiva de 151 casos de leishmaniose cutânea atendidos entre 1967 e 1982. Destes, 139 (92%) pacientes apresentavam lesões ativas e foram tratados com antimoniato de meglumina diariamente: 81 adultos receberam uma ampola de 5ml e 58 crianças receberam 1 a 5ml. Quarenta e cinco (32,4%) pacientes receberam tratamento antimonial contínuo durante 25 a 116 dias e 94 (67,6%) receberam tratamento intermitente com 2 a 5 séries de antimoniato de meglumina, cada uma delas com duração de 10 a 25 dias e cujos intervalos de descanso entre as séries variaram de 10 a 60 dias. A dose de antimônio, calculada retrospectivamente em 66 (47,5%) casos, variou entre 3,9 e 28,7mg Sb5+/kg/dia. Desses pacientes, 35 receberam >10mg e 31 receberam <10mg Sb5+/kg/dia. Não houve diferença significativa no tempo de cicatrização entre adultos e crianças, entre esquemas intermitentes e ininterrupto, nem entre doses altas e baixas. Entretanto, o tempo de cicatrização nas pernas e pés (67,5 dias) foi superior ao encontrado em outras localizações (48,7 dias) (p < 0,001). Cinqüenta e um pacientes foram reavaliados entre cinco e 14 anos após o tratamento e mantinham-se clinicamente curados. Essa série originou ensaios clínicos prospectivos utilizando doses baixas de antimônio no Rio de Janeiro.

ASSUNTO(S)

leishmaniose cutânea leishmania (viannia) braziliensis terapêutica antimoniato de meglumina esquemas terapêuticos

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