Estudo bioquimico, morfologico e morfometrico em orgãos de camundongos infectados pela cepa MC de Trypanosoma cruzi / Biochimical, morphological and morfometric study in organs from infected mice with the MC strain of Trypanosoma cruzi
AUTOR(ES)
Colete Fonseca
DATA DE PUBLICAÇÃO
2006
RESUMO
Estudos histopatológicos e funcionais tem demonstrado inúmeras alterações teciduais em diferentes órgãos promovidas pelas infecções causadas por T. cruzi. Essas alterações estão associadas direta ou indiretamente às características morfológicas das cepas, como formas finas e largas existentes entre as diferentes sub-populações, bem como à interação parasita-hospedeiro. As cepas possuem capacidade de determinar lesões e tropismo tissular diferenciado. Sendo assim, o trabalho em questão teve como objetivo verificar as alterações morfológicas, morfométricas e bioquímicas desencadeadas pelo parasitismo nos tecidos de machos e fêmeas de Mus musculus infectados com 2 x104 formas tripomastigotas da cepa MC de T. cruzi, isolada de Cerdocyon thousazarae por RIBEIRO e BARRETO, 1968. Para a realização desse trabalho, utilizou-se quatro grupos: controle (macho e fêmea) e infectados (macho e fêmea). No pico parasitêmico, ocorrido no 10° dia pós-infecção, foi colhido o sangue desses animais para a análise dos parâmetros bioquímicos (glicose, uréia, creatinina, aspartato-transaminase-TGO, alanina-transaminase-TGP e glutamiltransferase-GGT) e em seguida, esses animais foram mortos e seus órgãos coletados e preparados para a análise histopatológica. Dos resultados obtidos, os parâmetros bioquímicos mostraram alterações dos níveis de glicose no plasma, caracterizando uma hipoglicemia mais acentuada nos machos do que nas fêmeas infectadas com relação aos grupos controle. Valores aumentados de uréia e creatinina foram significativos somente para os machos infectados. Com relação ao TGO, TGP e GGT, valores aumentados também foram observados nos grupos infectados, onde os machos apresentaram maiores níveis desses parâmetros. Essas alterações estão, provavelmente, associadas a parasitemia, a qual foi maior nos machos do que nas fêmeas. O mesmo foi observado com relação à análise histológica e histométrica dos animais infectados. Os machos apresentaram maior parasitismo tecidual e alterações nos valores médios dos parâmetros nucleares quando comparado com o grupo das fêmeas infectadas. Diante desses resultados foi possível concluir que a cepa MC de T. cruzi apresentou características morfológicas intermediárias, evidenciando um tropismo mais acentuado para musculatura cardíaca, fígado e baço, dentre os órgãos avaliados. Sendo assim, as alterações dos parâmetros bioquímicos e histopatológicas observadas possivelmente estão relacionadas com o dimorfismo sexual e características inerentes da cepa em questão.
ASSUNTO(S)
chagas bioquimica biochemistry chagas disease histopatology doença de tripanossoma cruzi histopatologia trypanosoma cruzi
ACESSO AO ARTIGO
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000414156Documentos Relacionados
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