Estrias angióides: análise fundoscópica de 317 casos
AUTOR(ES)
Abujamra, Suel, Negretto, Alan Diego, Saraceno, Janaína Jamile Ferreira, Oliveira, Tâmara Lopes, Gomes, André Marcelo Vieira
FONTE
Arquivos Brasileiros de Oftalmologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008-12
RESUMO
OBJETIVO: Avaliar a presença de neovascularização de coróide (NVC) e suas seqüelas em pacientes portadores de estrias angióides (EA). MÉTODOS: Foram analisados retrospectivamente os prontuários de pacientes atendidos no Instituto Suel Abujamra, São Paulo (SP), Brasil, de 1976 a 2006. Considerou-se a idade, cor da pele, queixas na primeira consulta, acuidade visual e aspecto fundoscópico com especial atenção a lesões disciformes por NVC sub-retinianas ativas ou cicatrizadas. RESULTADOS: Dos 317 pacientes estudados, 163 (51,5%) eram homens. A média de idade era de 57 anos com desvio-padrão de 12,4 anos, mínimo de 11 e máximo de 91 anos. Quanto a cor da pele, 209 (66,2%) eram brancos, 91 (29,0%) amarelos,11 (3,7%) negros, e 3 (1,1%) pardos. As EA eram bilaterais em todos os pacientes, e de 631 olhos pesquisados, 348 (55,1%) tinham EA de coloração marrom, 153 (24,2%) cinza e 124 (19,6%) marrom-avermelhada. No momento do diagnóstico, as acuidades visuais medidas na tabela de Snellen foram piores que 20/200 em 40,4% dos olhos. Comprovou-se a ausência de NVC em 103 (32,5%) pacientes. As lesões NVC unilaterais estavam presentes em 112 (35,3%) e bilaterais em 99 (31,2%). Quanto à localização, 242 (74,3%) eram maculares, 45 (13,8%) extra-maculares e 38 (11,7%) mistas. CONCLUSÃO: As EA são importante causa de cegueira legal e podem passar despercebidas no exame oftalmológico de rotina quando não apresentam lesões maculares disciformes ativas ou cicatrizadas. A importância deste estudo é o expressivo número de casos e alertar os oftalmologistas quanto à necessidade de um exame fundoscópico minucioso, a fim de monitorá-las, diagnosticar e tratar precocemente a NVC.
ASSUNTO(S)
estrias angióides doenças retinianas retina
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