Estoque de carbono em solos sob pastagens cultivadas na bacia hidrográfica do Rio Paranaíba

AUTOR(ES)
FONTE

Soc. nat.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014-05

RESUMO

O trabalho teve como objetivo avaliar o estoque de carbono nos solos sob pastagens cultivadas, na bacia hidrográfica do Rio Paranaíba. Para estimar a quantidade de carbono estocado foram coletadas 80 amostras de solo, de forma aleatória, sendo 40 em pastagens degradadas (PD) e 40 em pastagens melhoradas (PM), nas profundidades de 0-5 cm, 5-10 cm; 10-20 cm e 20-30 cm. As variáveis do solo analisadas foram textura, densidade; teor de carbono total (%) e estoque de carbono (Mg/ha). Em média as pastagens (melhorada e degradada) ocupam áreas de solo com características granulométricas semelhantes, no entanto, a densidade do solo sob pastagem melhorada é menor do que a dos solos sob pastagem degradada. A densidade aumenta com o aumento da profundidade do solo, em ambas as pastagem. O teor de carbono diminui com a profundidade do solo, independente das condições da pastagem. Em média, a pastagem melhorada apresenta valor mais elevado de carbono do solo do que a pastagem degradada, em todas as profundidades analisadas. A camada superficial (0-5 cm) apresenta o maior teor de carbono (média), tanto para pastagem melhorada (2.60%) quanto para pastagem degradada (1.90%). Se considerarmos todas as camadas analisadas (0-30 cm) a pastagem melhorada possui um estoque de carbono de 68.28 Mg/ha, enquanto que a pastagem degradada possui 59.35 Mg/ha. Os dados comprovam que uma pastagem bem manejada consegue reter no solo, na profundidade de 0-30 cm, 15% a mais de carbono do que em uma pastagem degradada, ressaltando a importância do manejo das pastagens como forma de retirar carbono da atmosfera e armazenar no solo. Em um cenário onde toda a pastagem degradada fosse convertida em melhorada, a bacia teria um potencial de aumento do estoque de carbono no solo da ordem de 41 Tg.

ASSUNTO(S)

pastagens estoque de carbono bacia do rio paranaíba

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