Estimativa da força máxima nos exercícios supino reto e rosca bíceps scott a partir de medidas antropométricas

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2011

RESUMO

O crescente número de estudos para o desenvolvimento de equações preditivas da força máxima vem levando em consideração um número maior de variáveis relevantes para aumentar a exatidão da predição da carga de uma repetição máxima. Contribuindo desta forma para diminuir o tempo de testagem e o risco de lesões devido a utilização de cargas elevadas. O objetivo do presente estudo foi verificar a capacidade estimativa da força máxima nos exercícios supino reto e rosca bíceps scott a partir de medidas antropométricas em jovens universitários. Definiu-se como objetivos específicos: verificar a contribuição da massa corporal total (MCT) e da massa corporal magra (MCM) na determinação da força máxima nos exercícios Supino Reto e Rosca Bíceps Scott; verificar a contribuição das medidas de perímetros, diâmetros e comprimentos de segmentos na determinação da força máxima nos exercícios Supino Reto e Rosca Bíceps Scott; desenvolver uma equação para predizer o valor de 1RM, levando em consideração as variáveis explicativas no modelo de regressão linear múltipla. Participaram deste estudo 12 jovens destreinados, sem experiência em treinamento de força, do sexo masculino (23 ± 1,5 anos, 72,9 ± 8,5kg, 177,2 ± 6,8cm). A composição corporal foi avaliada pela equação em cinco componentes de Ross e Kerr (1993) (massa adiposa, muscular, residual, óssea e pele). Adotamos como técnica de referência as padronizações das medidas seguindo os padrões da Sociedade Internacional para Avanço da Cineantropometria (ISAK). Inicialmente, os sujeitos passaram por uma avaliação antropométrica seguida de um teste de 1RM de familiarização no exercício. Para a determinação da carga inicial de cada indivíduo em cada exercício foi utilizado o método de tentativa e erro, sendo a carga então corrigida pela tabela de Lombardi (1989) e novamente testada até a obtenção de 1RM, com intervalo de no mínimo 5 minutos entre as tentativas (SAKAMOTO e SINCLAIR, 2006; KRAEMER, 2003; REYNOLDS et al., 2006). A contribuição das medidas antropométrica na determinação da força máxima (1RM) de flexão do cotovelo foi verificada com a utilização da estatística inferencial, adotando o teste de Regressão Linear Múltipla (RLM). O software utilizado será o SPSS V.18. O alfa adotado será de 0,05. Os valores médios encontrados para o 1RM no Supino Reto foram de 58,0 ± 8,81kg e para Rosca Bíceps Scott de 33,12 ± 5,84. Em relação à composição corporal os valores médios apresentados foram: massa adiposa 28,1% ± 4,2; massa muscular 46,1% ± 3,4; massa residual 6,7% ± 2,4; massa óssea 13,3% ± 0,89; massa pele 5,6% ± 0,28. Os resultados da análise preditiva revelaram duas variáveis na estimação do valor de 1RM para o Supino Reto, foram elas: a circunferência do braço tenso e o comprimento da mão (estil. méd. dact.). A contribuição das variáveis em conjunto apresentou um R² = 0,94, R² ajustado = 0,923 e uma sig. = 0,000. A equação gerada com a constante e os valores B das variáveis significativas no modelo preditivo é expressa da seguinte forma: Supino Reto 1RM = -52,245 + 6,312 x (circunferência do braço) + (- 4,338 x comprimento da mão). Concluindo assim que a equação é confiável, de forma que pode ser utilizada como ferramenta para predição da carga de 1RM para o exercício Supino Reto.

ASSUNTO(S)

antropometria treinamento físico

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