Espiando pelo buraco da fechadura : o conhecimento de artes visuais em nova chave

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

Esta tese se desenvolve como um percurso semiótico em referência à semiótica do texto de Greimas, percorrendo um caminho na busca pelo conhecimento da arte, que se apresenta em um percurso curricular, no qual o sensível e o inteligível procuram constituir-se como lados opostos e complementares sempre em estreita conexão. A essa referência se articula a relação conceitual entre “conservação” e “mudança” presente no pensamento constituído na ciência e filosofia e no discurso das Ciências Humanas, através da “Árvore do conhecimento” que abriga a “Teoria da Autopoiesis” de Humberto Maturana e Francisco Varela, da “filosofia da experiência” de John Dewey e da “ecologia da mente” de Gregory Bateson. O objeto semiótico é focalizado a partir da experiência definida no conceito de “experiência da arte” de Dewey, estendido em uma abordagem micrológica e uma suposta utilização científico-instrumental diretamente ligada a um universo macroscópico, no qual a arte, entre o micro e o macro, vai, recursivamente, sendo exposta ao ser autorizada pela enunciação de um sujeito que é artista/professor/pesquisador/curador. A abordagem do conhecimento das Artes Visuais se constitui no texto em uma precisa configuração topológica, em que a área de conhecimento, participando do Ensino Superior Brasileiro, vai sendo institucionalizada na mesma medida da transformação da arte na sociedade. Essa abordagem concorre simultaneamente com as mudanças paradigmáticas do próprio conhecimento, que contribuem para a inserção/aceitação da diferença da arte na universidade, em um quadro sistêmico que inclui mudanças da sociedade geradas pelo acoplamento do sistema cultural. A chave do conhecimento da arte vai sendo dada reiteradamente em circunscrição, sendo delimitada no Currículo do Curso de Artes Visuais da UFRGS e situada em processo de implementação curricular, enfatizando a contingência da mudança. O regime de visibilidade utilizado é desenvolvido através de dispositivos de observação que partem do próprio olhar e resgatam a imaginação no processo do pensamento. Entremeado de descrições e narrativas, o texto está construído como um fazer/dizer na linguagem, ao incluir o saber em um processo gerativo de significação. O olhar vai sendo constituído como uma fresta, articulando o ver e o ler, que estão presentes na visão ao serem desdobrados textualmente como possibilidades de um sujeito da linguagem.

ASSUNTO(S)

semiótica universidade federal do rio grande do sul. semiotics art arte currículo knowledge curriculum ensino superior higher education federal university of rio grande do sul instituto of arts graduation visual arts

Documentos Relacionados