EquilÃbrio econÃmico ecolÃgico da pesca marÃtima no Rio Grande do Sul - Brasil

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2004

RESUMO

O trabalho analisa de forma integrada os aspectos econÃmicos e ecolÃgicos que envolvem a pesca marÃtima no Rio Grande do Sul-Brasil. Mostra a diferenÃa de se analisar o ambiente marinho com informaÃÃo completa e incompleta sobre o ecossistema onde a extraÃÃo de pescado està ocorrendo. Explica os motivos que levaram a atividade econÃmica do setor pesqueiro GaÃcho a declinar nas Ãltimas dÃcadas e sugere a forma de se obter a sustentabilidade do setor. O primeiro capÃtulo expÃe os aspectos histÃricos e conjunturais do setor pesqueiro mundial; o segundo aborda os principais fatores influenciadores da atividade pesqueira e suas conseqÃÃncias no ecossistema marinho; o terceiro explora os aspectos sÃcio-econÃmicos e ambientais do RS. O quarto trÃs um referencial teÃrico dos principais modelos bioeconÃmicos, que sustentam a escolha metodolÃgica. O quinto expÃe a metodologia e o sexto mostra os resultados. O mÃtodo utilizado foi um modelo de equilÃbrio geral ecossistÃmico, onde o ambiente à tratado com informaÃÃo completa, isto Ã, leva em conta as principais espÃcies do ecossistema local, bem como suas inter-relaÃÃes com as demais e, a tÃtulo de referÃncia, simulou-se um cenÃrio com informaÃÃo incompleta atravÃs de um modelo tipo Gordon-Schaefer. Os resultados encontrados indicam que nas Ãltimas dÃcadas as principais populaÃÃes de peixes vÃm sendo sobre exploradas no RS e que os nÃveis capturados nas Ãltimas trÃs dÃcadas sÃo insustentÃveis. Os resultados mostraram que a mÃxima capacidade conjunta para a pesca de peixes fica por volta de 30 mil toneladas por ano, sendo que a pesca de elasmobrÃnquios nÃo deve passar de 2 % desse volume, jà os crustÃceos somados com os moluscos atingem 9 mil toneladas por ano para uma captura sustentÃvel. As simulaÃÃes em ambientes mais degradados mostram fortes perturbaÃÃes na trajetÃria das populaÃÃes. Outra conclusÃo que as simulaÃÃes evidenciaram à que quanto maior for o esforÃo de pesca, maior a variÃncia e os ciclos percorridos pelas trajetÃrias das populaÃÃes capturadas; quando o esforÃo à muito grande, as sÃries se desequilibram. Devido a grande oscilaÃÃo dos estoques, a renda, a receita e os empregos gerados pelo setor pesqueiro nÃo percorrem uma trajetÃria estÃvel, o que compromete a previsibilidade necessÃria para investimentos no setor. A anÃlise ecossistÃmica permite que se entenda o que acontece com o ambiente como um todo quando a pesca à realizada a partir da reproduÃÃo, em simulaÃÃo, do ecossistema original. Sem a capacidade de previsÃo em relaÃÃo ao comportamento dos estoques, corre-se o risco da capacidade produtiva ser superdimensionada, como ocorreu em Rio Grande no RS, jà que os nÃveis capturados nos primeiros anos de intensas pescarias nÃo se repetem por muito tempo. à melhor que nÃo se capture tudo que se deseja em um Ãnico ano, mas que o volume capturado permaneÃa constante, o que sinalizaria uma boa saÃde do ecossistema marinho e permitiria a estabilidade do setor econÃmico e social

ASSUNTO(S)

pesca extrativa equilÃbrio geral desenvolvimento sustentÃvel economia economia dos recursos naturais

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