ENTRE ILUSTRES E ANÔNIMOS: A CONCEPÇÃO DE HISTÓRIA EM MACHADO DE ASSIS.
AUTOR(ES)
RAQUEL MACHADO GONÇALVES CAMPOS
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009
RESUMO
Esta dissertação investiga a concepção de história presente no pensamento sobre a literatura e na literatura de Machado de Assis, buscando demonstrar como elas abrem a possibilidade de que os anônimos sejam considerados sujeitos da história. Afirmando a igualdade da indiferença, elas questionam o cerne da concepção de história dos historiadores brasileiros do século XIX. Para estes, há história porque há desigualdade, porque há homens que são dignos de eterna lembrança e vidas destinadas ao esquecimento. Reivindicando o princípio do qualquer representável e equiparando ilustres e anônimos, Machado de Assis recusou uma partilha do sensível que assinala a cada um o seu lugar próprio: para a literatura nacional, temas nacionais; para a história, o homem ilustre. Instaurando um pensamento da desordem nova (Jacques Rancière), sua obra permitiria transformar em objeto da história e da literatura aquele que, por definição, era delas excluído: o qualquer um.
ASSUNTO(S)
aesthetics literature história da historiografia sujeitos da história object of history knowledge historia estética machado de assis subjects of history objeto do saber histórico ihgb 1. assis. machado de, 1839-1908 - crítica e intepretação 2. história e literatura 3. história da historiografia history of historiography literatura machado de assis ihgb
Documentos Relacionados
- Construction and implications of contrasts in O Alienista, by Joaquim Maria Machado de Assis.
- Stratégies et masques d un trompe l il : la chronique de Machado de Assis.
- A DUPLICIDADE DE CARÁTER DA NATUREZA HUMANA NO CONTO O ENFERMEIRO, DE MACHADO DE ASSIS.
- O cosmopolitismo e a insensatez (1860-1882): a loucura como conformidade cultural no Rio de Janeiro de Machado de Assis.
- História e política no Memorial de Aires, de Machado de Assis