Ensaio pré-clínico do composto anticonvulsivante bromo-benzaldeído semicarbazona em ratos e cães
AUTOR(ES)
Gioconda Alves de Assumpcao
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007
RESUMO
Apesar da disponibilidade de vários fármacos anticonvulsivantes, um terço dos pacientes com epilepsia continuam a apresentar crises. Em certos casos, os fármacos disponíveis são eficazes, mas promovem efeitos colaterais e toxicidade incompatíveis com a manutenção do tratamento. O Bromo Benzaldeído Semicarbazona (BrBS) é um composto da classe das semicarbazonas, o qual apresenta boa eficácia terapêutica e baixa toxicidade. O objetivo desse trabalho foi investigar a atividade anticonvulsivante do BrBS no modelo de crise audiogênica (CA) em ratas wistar audiogênicas (WAR), em crises induzidas por pentilenotetrazol (PTZ) em ratos Wistar e em cães sem raça definida. No modelo de CA, foram analisados os parâmetros de índice de gravidade (IS), latência e porcentagem de ocorrência de primeira corrida (C1) e crise generalizada tônica clônica (CVT). No modelo de PTZ em ratos, foram analisados os limiares de PTZ para ocorrência dos comportamentos abalo mioclônico (AM), mioclonia parcial (MP) e crise generalizada tônico-clônica (CVT). No modelo de PTZ em cães foram analisados os limiares de PTZ para ocorrência dos comportamentos mioclonia parcial (MP) e abalo mioclônico generalizado (AMG). No modelo de CA em WARs, na dose máxima (400 mg/kg), o BrBS bloqueou todos os comportamentos relacionados a crise (IS=0) para todos os animais sem apresentar efeitos colaterais evidentes. A porcentagem de animais que apresentou o comportamento CVT diminuiu em 50 % nas doses de 100 e 150 mg/kg em relação ao controle. A porcentagem de animais que apresentou C1 diminuiu 9 em 43 % na dose de 200 mg/kg, acompanhado do aumento da sua latência em relação ao controle. No modelo de PTZ em ratos, o BrBS apresentou um modelo de regressão quadrática na curva dose-resposta dos três comportamentos avaliados. Não foi observado efeito pró-convulsivante. As doses 150 e 200 mg/kg foram eficazes no AM. A dose de 200 mg/kg foi eficaz no MP e CVT, com decréscimo significativo na dose de 400 mg/kg para AM e CVT. O cão mostrou ser um modelo estável para o estudo de crise convulsiva por PTZ. No entanto, o BrBS não foi eficaz na crise induzida por PTZ em cão. Foi observado a ocorrência de dois grupos de animais com respostas distintas ao BrBS. Isso sugere a existência de animais com diferentes respostas farmacológicas à crise convulsiva. Podemos concluir que o BrBS, apresentou ótima eficácia no modelo de crise generalizada em WARs, moderada atividade, dependente de dose, no modelo de crises parciais e generalizadas de PTZ em ratos e ausência de efeito no modelo de crises parciais e generalizadas de PTZ em cães.
ASSUNTO(S)
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/1843/MCSC-7C6SVADocumentos Relacionados
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