Em uma encruzilhada: potencial do nível plasmático de lítio como preditor da dose ideal

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Psiquiatria

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-09

RESUMO

OBJETIVO: Além de ser usado há décadas para tratar distúrbio bipolar, o lítio, mais recentemente, demonstrou-se eficaz para Alzheimer, síndrome de Down, processos isquêmicos e excitotoxicidade mediada por glutamato. Contudo, a estreita janela terapêutica do lítio limita seu uso. Portanto, o estabelecimento de métodos preditivos de dose torna-se importante. MÉTODO: O desempenho de ratos Wistar adultos foi avaliado no campo aberto e labirinto em cruz elevado após seis semanas de tratamento com uma ração suplementada com 0,255% ou 0,383% de cloreto de lítio ou ração normal. Coletou-se amostras de sangue para dosagem plasmática do lítio. RESULTADOS: Os animais alimentados com a ração com 0,255% de cloreto de lítio fizeram mais rearing no campo aberto e tiveram uma maior freqüência de entradas nos braços do labirinto elevado que os animais que ingeriram a dose mais alta. Apesar disso, verificou-se níveis plasmáticos de lítio semelhantes em ambos os grupos. DISCUSSÃO: A variação nos comportamentos destarte a presença de níveis plasmáticos semelhantes sugere que as diferentes doses produziram diferentes concentrações cerebrais não detectadas pela medida plasmática. CONCLUSÃO: Medidas da concentração plasmática de lítio não permitem prever de forma completa seus efeitos comportamentais.

ASSUNTO(S)

cloreto de lítio cérebro teste teste, campo aberto soro

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