Efeitos fisiológicos agudos da associação de taurina e cafeína contida em uma bebida energética em indivíduos fisicamente ativos

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

Segundo a Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, bebidas energéticas são identificadas como Compostos Líquidos Prontos para o Consumo, sendo estas constituídas de carboidratos, taurina, cafeína, glucoronolactona, inositol e vitaminas do complexo B. Dado o pequeno número de estudos sobre o uso de taurina contida em bebidas energéticas relacionados com a melhora de desempenho, este trabalho teve como objetivo analisar as respostas metabólicas e hemodinâmicas decorrentes da administração da associação de taurina cafeína durante teste ergoespirométrico em indivíduos fisicamente ativos. Para este fim, 20 indivíduos do sexo masculino, 26 4,32 anos e índice de massa corporal 23,79 2,95, praticantes de atividades aeróbicas, foram submetidos a duas sessões de testes em cicloergômetro ligado a analisador metabólico de gases. O esquema das sessões foi duplo cego, nas quais 60 minutos antes do início dos testes foram ingeridas bebida experimental ou bebida placebo. Durante os testes, foram mensuradas freqüência cardíaca (FC), pressão arterial sistólica (PAS) e diastólica (PAD), lactato sanguíneo (Lac), percepção subjetiva de esforço por escala de Borg (PSE), consumo máximo de oxigênio (VO2máx), consumo de oxigênio no ponto de compensação respiratório (RCP), tempo de exercício (TE) e Potência (P). Para a análise dos dados foi realizado um teste t pareado (p≤0,05 ). Os resultados de VO2máx e RCP não demonstraram diferença significativa (p = 0,28 e p=0,65). Também não houve diferença significativa para PAS (p=0,84), FC (p=0,85) e PSE (p=0,38). Os resultados de lactato sanguíneo não demonstraram diferença estatística significativa em nenhum dos três momentos mensurados: LACf (p=0,25), LAC 4 (p=0,39) e LAC 9 (p=0,74). No tempo de exercício, p=0,97 e na potência, os resultados indicaram que houve aumento de 10 watts com a administração da bebida experimental, contudo sem significância estatística (B1: 342 40,60; B2: 332,5056,83; p=0,21). Os principais resultados deste estudo indicam que a administração de taurina contida em bebida energética não influenciou os resultados das variáveis investigadas. Assim, podemos concluir que a dose de 2g utilizada não foi capaz de aumentar o desempenho.

ASSUNTO(S)

bebidas energéticas desempenho nutriente metabolismo educacao fisica

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