Ecoendoscopia versus colangiografia retrógrada endoscópica para o diagnóstico da coledocolitíase: a influência do tamanho do cálculo e do diâmetro da via biliar principal
AUTOR(ES)
Ney, Marcus Vinicius Silva, Maluf-Filho, Fauze, Sakai, Paulo, Zilberstein, Bruno, Gama-Rodrigues, Joaquim, Rosa, Heitor
FONTE
Arquivos de Gastroenterologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2005-12
RESUMO
RACIONAL: A colangiografia retrógrada endoscópica é método acurado porém invasivo para o diagnóstico da coledocolitíase. A ecoendoscopia também é método bastante eficaz para a detecção de cálculo coledociano e apresenta riscos semelhantes àqueles de uma endoscopia digestiva convencional. OBJETIVOS: Comparar a acurácia da ecoendoscopia e da colangiografia endoscópica para o diagnóstico do cálculo da via biliar principal antes da colecistectomia laparoscópica e analisar a influência do tamanho do cálculo e do calibre da via biliar principal na eficácia diagnóstica da ecoendoscopia. PACIENTES E MÉTODOS: Duzentos e quinze pacientes com colecistolitíase sintomática foram admitidos para colecistectomia laparoscópica. Destes, 68 (31,7%) apresentaram dilatação da via biliar extra-hepática à ecografia convencional e/ou alteração de enzimas hepáticas e canaliculares. Foram, então, submetidos a ecoendoscopia e colangiografia endoscópica, seguida de papilotomia, se qualquer um dos métodos sugerisse a presença de coledocolitíase. Após a papilotomia, o maior cálculo foi recuperado e medido. A exploração endoscópica ou cirúrgica da via biliar foi considerada o padrão-ouro para o diagnóstico de coledocolitíase. RESULTADOS: Todos os 68 pacientes foram submetidos a colecistectomia laparoscópica com colangiografia intra-operatória, comprovando-se colecistolitíase neste grupo. A ecoendoscopia foi mais sensível do que a colangiografia endoscópica para a detecção de cálculos coledocianos (97% vs. 67%). Para os cálculos maiores de 4,0 mm, os métodos apresentaram sensibilidades semelhantes (96% vs. 90%). Os resultados da ecoendoscopia não foram influenciados pelo tamanho do cálculo ou pelo calibre do colédoco. CONCLUSÕES: Para pacientes com risco intermediário para coledocolitíase, a ecoendoscopia é método mais sensível do que a colangiografia endoscópica, especialmente para cálculos pequenos.
ASSUNTO(S)
endossonografia pancreatocolangiografia retrógrada endoscópica coledocolitíase ducto biliar comum
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