Doses de molibdênio nas culturas do milho comum e milho-pipoca / Doses of molybdenum in common maize and popcorn maize

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

O estudo foi desenvolvido com os objetivos de determinar a dose de molibdênio capaz de promover acúmulos deste micronutriente nas sementes, em níveis que possam suprir as necessidades da planta na geração subseqüente, e determinar o efeito do molibdênio tanto na produtividade quanto na qualidade das sementes, além de sua influência em outras características agronômicas, como altura de plantas e inserção de espigas, peso e tamanho de sementes, peso hectolitro e teor foliar de clorofila. Foram conduzidos dois experimentos com milho comum (variedade UFVM100 - nativo) e com a variedade de milho-pipoca (UFVM 2) na Estação Experimental de Coimbra (Coimbra-MG), pertencente à Universidade Federal de Viçosa, situada na Zona da Mata do Estado de Minas Gerais, durante o período de outubro de 2003 a abril de 2004. Utilizou-se para os dois experimentos, o delineamento em blocos casualizados com sete tratamentos, tendo sido usadas as doses de molibdênio 0, 50, 100, 200, 400, 800, 1.600 g ha-1 em quatro repetições. O molibdênio foi aplicado via foliar, tendo como fonte o molibdato de amônio (54% de Mo). As doses foram aplicadas da seguinte forma: 0, 50, 100, 200 e 400 g ha-1 de uma só vez, aos 15 dias (DAE); a dose de 800 g ha-1 foi aplicada parcelada em três vezes, sendo 400 g aos 15, 200 g aos 20 e 200 g aos 25 DAE, e a dose de 1.600 g ha-1 foi parcelada em quatro vezes iguais, aos 15, 20, 25 e 30 DAE. Nos dois experimentos, foram avaliados o índice SPAD (teor de clorofila) nas folhas; a altura de plantas e inserção de espigas; o número de plantas acamadas e quebradas; o estande final (número de plantas ha-1); o número total de sementes por parcela; o peso de 1.000 grãos; a produtividade; o peso hectolitro e os teores de NH4 +, P, K, Ca, Mg, S e Mo nas folhas e nos grãos. Somente para o milho-pipoca foram realizados os testes de capacidade de expansão e qualidade fisiológica de sementes onde tendo sido usados o teste padrão de germinação (TPG) e o de germinação em areia, além dos testes de vigor, de envelhecimento acelerado, condutividade elétrica, índice de velocidade de germinação (IVG) e peso de matéria seca. Para o milho comum, a altura de plantas foi significativamente influenciada pela aplicação das doses de Mo, atingindo valor máximo com a dose de 420 g ha-1, bem como o teor de potássio nas folhas e o peso de 1000 grãos e o peso hectolitro que atingiram valores máximos com as doses de 330, 704 e de 709 g ha-1 de Mo, respectivamente. Os demais caracteres agronômicos não foram influenciados pela aplicação de Mo no milho comum. Para o milho-pipoca, o teor de Mo nas folhas e nos grãos foi significativamente influenciado pela aplicação do micronutriente, atingindo valores máximos com a maior dose aplicada. Além destes, o número total de sementes por parcela bem como a produtividade foram influenciados significativamente pela aplicação de Mo, atingindo valores máximos com as doses de 680 g ha-1 e com a maior dose aplicada, respectivamente. Os demais caracteres para o milho-pipoca não foram influenciados pela aplicação de molibdênio.

ASSUNTO(S)

molybdenum maize doses fitotecnia doses milho molibdênio

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