Doenças pós-colheita em citros e caracterização da população fúngica ambiental no mercado atacadista de São Paulo

AUTOR(ES)
FONTE

Tropical Plant Pathology

DATA DE PUBLICAÇÃO

2008-06

RESUMO

Este trabalho objetivou caracterizar os danos pós-colheita e as características físico-químicas de frutos de laranjas ‘Pêra’ e ‘Lima’ e de tangor ‘Murcott’ comercializados na Ceagesp SP, bem como caracterizar a micoflora ambiental nos pontos de revenda de citros da Ceagesp, em 2006. Frutos cítricos foram coletados de atacadistas e armazenados durante 14 dias a 25ºC e 85-90% de UR. A incidência de injúrias foi avaliada visualmente a cada três dias. As variáveis físico-químicas analisadas foram acidez titulável e teor de sólidos solúveis. A micoflora ambiental foi amostrada mediante o método gravimétrico, com placas de Petri, contendo meio batata-dextrose-ágar+pentabiótico, abertas por dois minutos. A incidência de podridões em laranjas ‘Pêra’ e ‘Lima’ e tangor ‘Murcott’ atingiu valores médios de 12,8; 14,9 e 25,8%, respectivamente, ao final do armazenamento, sendo o bolor verde a principal doença pós-colheita. Associações entre os parâmetros físico-químicos de maturação e a incidência de podridões foram, em geral, não significativas. A população fúngica ambiental variou significativamente entre os meses amostrados, com média de 25,3 ufc/placa e os gêneros Penicillium e Cladosporium foram os mais abundantes. Observou-se correlação positiva (r=0,96) entre a freqüência de P. digitatum encontrada no ambiente dos atacadistas e o bolor verde em laranja ‘Pêra’ comercializada. Entretanto, para laranja ‘Lima’ e tangor ‘Murcott’ tal correlação não foi verificada.

ASSUNTO(S)

citrus doenças fúngicas penicillium digitatum

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