Doença do refluxo gastroesofágico refratária

AUTOR(ES)
FONTE

Arq. Gastroenterol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2012-12

RESUMO

CONTEXTO: A doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) é a condição que se desenvolve quando o refluxo do conteúdo gástrico provoca sintomas incômodos e/ou complicações. A fisiopatologia, o diagnóstico e o tratamento da enfermidade têm sido convenientemente estudados, mas é interessante revisar alguns aspectos dos pacientes que são aparentemente refratários, ou seja, não respondem satisfatoriamente ao tratamento com os inibidores da bomba protônica, o que ocorre em 20%-42% dos casos. Aqueles, portanto, que não apresentam resposta terapêutica a um ciclo de 4 a 8 semanas de tratamento com os inibidores da bomba protônica (omeprazol, pantoprazol, rabeprazol, lansoprazol, esomeprazol, pantoprazol-Mg) podem constituir a denominada "DRGE refratária". RESULTADOS: É importante comentar que em alguns casos os pacientes não são realmente refratários ao tratamento, mas podem efetivamente não ter o diagnóstico de DRGE ou até mesmo não terem sido corretamente tratados. Quanto ao estabelecimento diagnóstico, o Consenso Brasileiro da DRGE baseado em evidências sugere a realização da endoscopia digestiva alta como primeiro passo, com o propósito de excluir a presença de úlcera péptica e câncer, além de identificar erosões na mucosa esofágica quando presentes. CONCLUSÕES: As principais causas de DRGE refratária são: (1) pirose funcional; (2) baixos níveis de aderência ao tratamento com os inibidores da bomba protônica; (3) dosagem inadequada dos inibidores da bomba protônica; (4) erro diagnóstico; (5) presença de comorbidades e esofagite induzida por comprimidos; (6) diferenças genotípicas; (7) refluxo gastroesofágico não-ácido; (8) doenças autoimunes de pele; (9) esofagite eosinofílica.

ASSUNTO(S)

refluxo gastroesofágico, quimioterapia inibidores da bomba de prótons

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