Dependência nicotínica nos transtornos mentais, relação com indicadores clínicos e o sentido para o usuário
AUTOR(ES)
Oliveira, Renata Marques de, Siqueira Júnior, Antônio Carlos, Santos, Jair Lício Ferreira, Furegato, Antonia Regina Ferreira
FONTE
Rev. Latino-Am. Enfermagem
DATA DE PUBLICAÇÃO
2014-08
RESUMO
OBJETIVO: identificar o grau de dependência nicotínica entre esquizofrênicos e portadores de outros transtornos mentais, internados em hospital geral, correlacionando esses índices com indicadores clínicos e o sentido para o usuário.MÉTODO: estudo realizado em unidade psiquiátrica de hospital geral, entrevistando 270 portadores de transtorno mental com questionário e aplicação do teste de Fagerström. Realizaram-se análise estatística descritiva dos dados e análise temática do conteúdo.RESULTADOS: dentre os 270 portadores de transtorno mental, 35,6% eram tabagistas e 53,2% com dependência nicotínica elevada ou muito elevada. Dos 96 tabagistas, 32 (33,3%) eram esquizofrênicos, dentre os quais 59,4% tinham dependência elevada ou muito elevada. Maior dependência também foi encontrada entre 59 idosos (61,5%) e 60 sujeitos com comorbidades somáticas (62,5%). Significados do tabagismo para os sujeitos: ajuda esquecer problemas e enfrentar conflitos diários, alivia efeitos colaterais das medicações, autocontrole, distração, faz parte da vida.CONCLUSÃO: a dependência do tabaco, mais intensa entre esquizofrênicos, é justificada por ajudá-los a enfrentar as dificuldades da doença. Enfermeiros ocupam posição estratégica no cuidado.
ASSUNTO(S)
hábito de fumar esquizofrenia saúde mental enfermagem psiquiátrica
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