Correlação entre as alterações osteocondrais evidenciadas à ressonância magnética e a progressão da doença

AUTOR(ES)
FONTE

Revista do Hospital das Clínicas

DATA DE PUBLICAÇÃO

2001-08

RESUMO

OBJETIVO: Determinar as conseqüências do uso crônico de corticosteróides sistêmicos em crianças com artrite reumatóide juvenil através da avaliação dos efeitos osteocondrais à ressonância magnética. PACIENTES E MÉTODOS: Achados clínicos e imaginológicos (ressonância magnética) de 72 joelhos em 69 crianças com artrite reumatóide juvenil foram revisados. Trinta e quatro (49.3%) pacientes fizeram uso prévio de corticoterapia sistêmica (22 pacientes do sexo feminino; 12 pacientes do sexo masculino; idade média: 11.3 anos; duração média da doença: 5.9 anos; duração média da corticoterapia: 2.9 anos; dose média cumulativa de corticosteróides: 5000 mg); 35 (50.7%) pacientes não haviam feito uso prévio de corticoterapia sistêmica (27 pacientes do sexo feminino; 8 pacientes do sexo masculino; idade média: 11.7 anos; duração média da doença: 5.3 anos). RESULTADOS: No grupo que recebeu corticoterapia sistêmica prévia (Grupo I) a presença de alterações osteocondrais à ressonância magnética relacionou-se de uma forma estatisticamente significativa com longo tempo de duração da doença (>3.5 years; P<0.001). Tal relação não foi estabelecida no grupo de pacientes sem uso prévio de corticosteróides sistêmicos (Group II). Da mesma forma, não houve relação entre a dose média de corticosteróides e os achados à ressonância magnética. CONCLUSÃO: É importante avaliar-se os efeitos intra-articulares a longo prazo do uso crônico de corticoterapia sistêmica em artrite reumatóide juvenil à ressonância magnética, uma vez que os efeitos colaterais de uma terapia agressiva não devem ser potencialmente mais deletérios às articulações que os efeitos do curso natural da doença.

ASSUNTO(S)

corticoterapia sistêmica artrite reumatóide juvenil crianças joelho ressonância magnética

Documentos Relacionados