Comportamento sexual em adolescentes brasileiros, Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE 2012)

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. epidemiol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014

RESUMO

OBJETIVO: Este estudo descreve o comportamento sexual entre estudantes que participaram da Pesquisa Nacional sobre a Saúde do Escolar (PeNSE) 2012 e investiga se as desigualdades sociais, o uso de substâncias psicoativas e a presença de informações sobre a saúde sexual e reprodutiva na escola estão associados a diferenças nesse comportamento. METODOLOGIA: A variável resposta foi o comportamento sexual descrito em três categorias (nunca teve relação sexual, teve relação sexual com proteção, teve relação sexual sem proteção). As variáveis explicativas foram agrupadas em características sociodemográficas, uso de substâncias psicoativas e informações sobre saúde sexual e reprodutiva na escola. As variáveis associadas a realizar sexo com e sem proteção foram identificadas por meio de regressão logística multinomial, tendo como referência "não teve relação sexual". RESULTADOS: Mais de um quarto dos adolescentes já tiveram relação sexual na vida, sendo mais frequente entre os meninos. Cerca de 25% não fizeram uso de preservativo na última relação sexual. Baixa escolaridade materna e trabalhar aumentaram a chance de comportamento sexual de risco. Tanto a chance de sexo protegido quanto de desprotegido aumentou com o número de substâncias psicoativas utilizadas. Entre os que não recebem orientação sobre prevenção de gravidez na escola, a chance ter relação sexual aumentou, sendo a magnitude maior para sexo desprotegido (OR = 1,87). CONCLUSÃO: As informações sobre prevenção de gravidez e DST/AIDS necessitam ser disseminadas antes da 9ª série. As desigualdades sociais afetam negativamente o comportamento sexual de risco. O uso de substâncias psicoativas está fortemente associado ao sexo desprotegido.

ASSUNTO(S)

adolescentes inquérito comportamento sexual escolas preservativos relação sexual

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