Uso na vida de substâncias ilícitas e fatores associados entre escolares brasileiros, Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE 2012)

AUTOR(ES)
FONTE

Rev. bras. epidemiol.

DATA DE PUBLICAÇÃO

2014

RESUMO

OBJETIVO: Descrever a prevalência do uso de drogas ilícitas entre estudantes da 9a série do turno diurno de escolas públicas e privadas do Brasil, identificando os fatores associados. MÉTODO: Foram analisados dados da PeNSE (Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar) 2012, com recorte para os estudantes da 9a série diurna do Brasil e das cinco Regiões. A experimentação de drogas ilícitas alguma vez na vida foi avaliada para as drogas mais comumente usadas, tais como: maconha, cocaína, crack, cola, loló, lança perfume, ecstasy ou oxy. Os dados foram submetidos a análise descritiva e teste do χ2 de Pearson e cálculo do Odds Ratio (OR) bruto e ajustado, por regressão logística. RESULTADOS: O consumo de drogas ilícitas, pelo menos uma vez na vida, foi relatado por 7,3% (IC95% 5,3 - 9,4) dos entrevistados. As evidências sugerem que o uso de drogas ilícitas está relacionado a condições sociais de maior poder de consumo, ao uso de álcool e tabaco, aos comportamentos relativos à socialização, como ter amigos ou atividade sexual, e também à percepção de solidão, contato insuficiente entre escola e pais e vivências de agressões no ambiente familiar. O desfecho esteve inversamente associado ao contato próximo e supervisão dos pais. CONCLUSÃO: Além das evidências de associação com os processos de socialização e consumo, a influência da família e da escola se expressa de modo particularmente protetor em diferentes registros de supervisão e cuidados diretos.

ASSUNTO(S)

drogas ilícitas escolas prevalência adolescente inquéritos comportamento

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