Cirurgia bariátrica cura síndrome metabólica?
AUTOR(ES)
Carvalho, Perseu Seixas de, Moreira, Cora Lavigne de C.B., Barelli, Melina da Costa, Oliveira, Flávia Heringer de, Guzzo, Mariana Furieri, Miguel, Gustavo P. Soares, Zandonade, Eliana
FONTE
Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007-02
RESUMO
OBJETIVOS: Avaliar o impacto da cirurgia bariátrica na síndrome metabólica (SM) e quais os critérios que mais contribuíram para sua remissão após cirurgia. A evolução da leucometria também foi analisada. MATERIAL E MÉTODO: 47 mulheres obesas com SM foram avaliadas. Todas as pacientes foram operadas pela técnica da gastroplastia vertical em Y-de-Roux, com colocação de anel de contenção na anastomose gastro-jejunal (Fobi-Capella). Pacientes foram avaliadas antes da cirurgia e no primeiro ano pós-operatório. RESULTADOS: A glicemia de jejum apresentou queda relevante nos 3 primeiros meses. Ao final de 12 meses, todas as 20 pacientes que tinham DM2 ou glicemia de jejum alterada apresentavam níveis glicêmicos e hemoglobina glicosilada normais. Nenhuma delas estava usando drogas anti-diabéticas. Valores de triglicerídeos reduziram 49,2%. O HDL-colesterol aumentou 27,2%. A redução da pressão arterial foi, em média, de 28,7 mmHg na sistólica e de 20,8 na diastólica. A contagem de leucócitos caiu de 7671/µL para 6156/µL. Glicemia de jejum, triglicerídeos, pressão diastólica e sistólica e HDL-colesterol foram as variáveis que mais contribuíram para a extinção da SM. No final do primeiro ano, essa extinção ocorreu em 80,9% das pacientes. DISCUSSÃO: Cirurgia bariátrica reduz a resistência à insulina e conseqüentemente os riscos cardiovasculares.
ASSUNTO(S)
diabetes mellitus tipo 2 perda de peso hipertensão dislipidemia obesidade bypass gástrico fatores de risco cardiovascular