Caracterização quimica, perfil sensorial e aceitabilidade de novos varietais de banana (Musa ssp) resistentes a Sigatoka-Negra / Characterization chemistry, sensory profile and acceptante the news varietais banana (Musa ssp) resistents Sigatoka Negra

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2009

RESUMO

O presente estudo teve por objetivo determinar o perfil sensorial, o perfil físico-químico e a aceitação de consumidores paulistas a varietais de banana tradicionalmente consumidos no Brasil, e varietais alternativos resistentes à Sigatoka-Negra. Oito varietais foram estudados: quatro resistentes à Sigatoka-Negra, Pacovan Ken, Preciosa, Thap Maeo e Caipira e quatro susceptíveis à Sigatoka-Negra - Prata, Prata Anã, Pacovan e Grande Naine. O perfil sensorial dos oito varietais foi desenvolvido, através de análise descritiva quantitativa, por uma equipe sensorial composta por dez julgadores. Os dados descritivos foram analisados por Análise de Variância (ANOVA), teste de médias Tukey (p= 5%) e Análise de Componentes Principais (ACP). Os oitos varietais foram também analisados por 120 consumidores que julgaram os atributos de aparência, aroma, sabor, textura e aceitação global utilizando uma escala hedônica híbrida de 9 cm, ancorada nos extremos esquerdo e direito nos termos ¿desgostei muitíssimo¿ e ¿gostei muitíssimo¿. Os dados afetivos foram analisados através de Mapa Interno de Preferência (MDPREF), ANOVA e teste de Tukey para comparação das médias. As bananas foram também caracterizadas quanto ao teor de açúcares redutores e totais, sólidos solúveis (ºBrix), acidez total, pH e umidade. Os resultados físicoquímicos foram analisados por ANOVA e teste de médias Tukey. Análises instrumentais de cor e perfil de textura foram realizadas utilizando-se colorímetro espectrofotométrico da Hunter e texturômetro TAX-T2. Os oito varietais apresentaram perfis sensoriais bastante distintos entre si, diferindo significativamente (p = 0,05) com relação à maioria dos vinte e seis descritores gerados através da análise descritiva. As maiores diferenças sensoriais ocorreram entre os varietais resistentes à Sigatoka-Negra Thap Maeo, Caipira e Preciosa, e o varietal comercial Prata. Em termos de aceitação global, os varietais Prata, Prata Anã, Pacovan Ken, Grande Naine, e Pacovan foram bem aceitos. No entanto, considerando-se a aparência externa da fruta, como ela é avaliada pelo consumidor no momento da compra, as amostra Prata e Grande Naine foram as preferidas pelos consumidores. Assim, dos varietais resistentes à Sigatoka Negra, apenas Pacovan Ken e Preciosa foram bem aceitos pelos consumidores tanto com relação à aparência, como em termos globais. Os varietais Caipira e Thap Maeo, resistentes à citada doença, não foram bem aceitos juntos aos consumidores tanto em função dos atributos de aparência como em função do aroma e sabor, excessivamente frutal/éster. Em relação às análises físico-químicas, o varietal Grande Naine apresentou a maior acidez titulável. Em relação aos açúcares, as bananas Grande Naine, Thap Maeo e Caipira apresentaram os maiores teores de açúcares redutores. Pelo exposto, dos varietais resistentes à Sigatoka-Negra estudados, os mais promissores para serem lançados no mercado consumidor de São Paulo são os varietais Pacovan Ken e Preciosa. Os varietais Caipira e Thap Maeo não foram bem aceitos entre os consumidores paulistas, possivelmente devido à suas fortes notas de aroma e sabor de frutal/éster. De todos os varietais que participaram da presente pesquisa, a banana Prata foi a preferida entre os consumidores, possivelmente em função de seu aroma e sabor brandos, que apresentam baixa intensidade de notas frutais/ésteres

ASSUNTO(S)

quantitative descriptive analysis physical-chemical fisico-quimica - análise perfil sensorial banana analise descritiva quantitativa banana acceptance sensory profile aceitabilidade

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