Bloqueio neuromuscular prolongado após administração de mivacúrio: relato de caso

AUTOR(ES)
FONTE

Revista Brasileira de Anestesiologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

2005-10

RESUMO

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Com a introdução de novos fármacos com ação de curta duração, houve aumento do número de procedimentos realizados em caráter ambulatorial. O mivacúrio com duração de ação entre 15 e 30 minutos e metabolismo enzimático tornou-se opção de bloqueador neuromuscular para estes procedimentos. O relato de caso tem como objetivo chamar a atenção para a ocorrência de bloqueio neuromuscular prolongado após administração do mivacúrio e as condutas que foram adotadas. RELATO DO CASO: Descreve-se um caso de paciente programado para procedimento de curta duração em regime ambulatorial e que apresentou bloqueio neuromuscular prolongado após administração do mivacúrio. O diagnóstico foi posteriormente confirmado pela demonstração de níveis reduzidos de atividade da colinestesterase plasmática. CONCLUSÕES: A investigação laboratorial pré-operatória, mesmo incluindo a dosagem da atividade da colinesterase, não previne a possibilidade do bloqueio neuromuscular prolongado devido à possibilidade de alteração qualitativa da atividade da enzima, não existindo recomendação para investigação sistemática. Ocorrendo esta complicação, deve-se sedar o paciente e manter ventilação mecânica até a completa recuperação da força muscular e realizar exames laboratoriais para o diagnóstico definitivo. É de responsabilidade do anestesiologista a coleta de amostra sangüínea para realização de testes quantitativos e qualitativos da colinesterase plasmática. Paciente e familiares devem ser orientados quanto à importância da investigação para classificação da variante atípica da colinesterase plasmática e suas implicações anestésicas.

ASSUNTO(S)

bloqueadores neuromusculares bloqueadores neuromusculares complicaÇÕes

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