Avaliação do possível efeito dual (antioxidante e/ou pró-oxidante) e ação neuroprotetora do ebselen, ácido caféico e memantina em células neurais (Neuro-2A) in vitro
AUTOR(ES)
Paula Andrade da Fonseca Prado
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
10/02/2012
RESUMO
O envelhecimento é um processo que pode ser definido como o acúmulo progressivo de diversas alterações deletérias em células e tecidos, com o avançar da idade, que aumentam o risco de doença e morte. Tem sido passível de inúmeras especulações e as possibilidades sugeridas incluem: mudança no código de DNA, diminuição na acurácia de síntese protéica, ligação de macromoléculas, auto-ataque ao sistema imunológico e danos causados por reações oxidativas. Evidências indicam que o envelhecimento e as doenças crônicas/degenerativas são causados primariamente devido aos danos gerados por radicais livres, incluindo as espécies reativas de oxigênio (ROS), podendo atacar todas as principais biomoléculas vitais ao organismo. Quando a geração de ROS ultrapassa a capacidade antioxidante da célula, dá-se o nome de estresse oxidativo, que se refere, então, a um perigoso desequilíbrio entre a produção de radicais livres e a defesa antioxidante. Este trabalho teve como objetivo avaliar o possível efeito dual (antioxidante e/ou pró-oxidante) e ação neuroprotetora do Ebselen, Ácido Caféico e Memantina em células neurais (Neuro-2A) in vitro. A metodologia empregada para quantificar a produção de ROS foi a quimioluminescência dependente de luminol; a viabilidade celular foi realizada pela incorporação do corante Vermelho Neutro; e o poder redutor mitocondrial pelo ensaio de MTT. A análise estatística foi realizada pelo teste não paramétrico de Mann-Whitney, sendo considerados significativos valores com p<0,05. Os nossos resultados mostraram que as células tratadas com Ebselen na concentração 5 M apresentaram diminuição na produção de ROS induzida pelo H2O2 e aumento no poder redutor mitocondrial. O Ácido Caféico, em todas as concentrações (25, 50, 100, 200 e 500 M), se mostrou eficaz como antioxidante e, com exceção da maior concentração (500 M), também apresentou aumento no poder redutor. A Memantina, apesar de ter aumentado significativamente o poder redutor nas concentrações de 0,5 e 1 M, não se mostrou eficiente como antioxidante, se apresentando, entretanto, como pró-oxidante na concentração de 50 M. No ensaio de viabilidade, nenhuma das substâncias causou prejuízo em nível lisossomal. Com base nestes resultados podemos concluir que os antioxidantes estudados possuem atividades anti- e/ou pró-oxidantes dependendo da concentração testada, ressaltando, portanto que devem ser utilizados com cautela por poderem trazer prejuízos para a saúde ao invés de melhoria.
ASSUNTO(S)
neurociências teses. neurologia teses.
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/1843/BUOS-8TMKEGDocumentos Relacionados
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