Avaliação do Escore NNECDSG em um hospital público brasileiro
AUTOR(ES)
Barbosa, Tatiana Maia Jorge de Ulhôa, Sgarbieri, Ricardo Nilsson, Moreira Neto, Francisco F., Vieira, Fabiano Ferreira, Pereira, Gilberto de Araújo, Rezende Filho, Altino Vieira de, Capuci, Herbert Henrique, Meirelles, Rafael
FONTE
Brazilian Journal of Cardiovascular Surgery
DATA DE PUBLICAÇÃO
2007-06
RESUMO
OBJETIVO: Comparar as incidências observadas de mediastinite e acidente vascular cerebral (AVC) versus as incidências esperadas pelo escore NNECDSG (Northern New England Cardiovascular Disease Study Group), em população submetida à cirurgia de revascularização do miocárdio. MÉTODO: Foram analisados, retrospectivamente, os prontuários de todos os pacientes submetidos à CRVM isolada, no período de 1/1/2000 a 31/12/2004, no Serviço de Cirurgia Cardíaca da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM). Foi aplicado o escore proposto pelo NNECDSG e calculadas as incidências esperadas de mediastinite e AVC para cada paciente. Os dados de incidência observados e a incidência estimada pelo escore do NNECDSG foram submetidos ao teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnov. A comparação foi realizada pelo teste t-Student pareado. O nível de significância foi de alfa=0,05. RESULTADOS: Foram analisados 230 pacientes, sendo 144 (62,60%) homens e 86 (37,39%) mulheres. Sessenta e um (26,52%) doentes apresentavam diabetes, 30 (13,04%), doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e 23 (10%), doença vascular periférica (DVP). Cirurgia de urgência aconteceu em 34 (14,78%) casos. Trinta e sete (16,08%) pacientes tinham uma fração de ejeção (FE) menor que 40%. Mediastinite ocorreu em 12 (5,21%) pacientes. Apesar da incidência geral de mediastinite ter sido maior nesta amostra, não houve significância estatística. AVC ocorreu em 12 (5,21%) pacientes. Apesar da incidência percentual média de AVC observada ter sido maior, não atingiu nível de significância estatística. CONCLUSÃO: Apesar das incidências de mediastinite e AVC terem sido maiores na população estudada, estes valores não atingiram significância estatística, sendo o escore preconizado pela NNECDSG um método seguro e eficaz na predição de mediastinite e AVC pós-operatórios nos pacientes submetidos à CRVM na UFTM.
ASSUNTO(S)
mediastinite acidente cerebrovascular revascularização miocárdica medição de risco
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