Avaliação da resposta à massagem do seio carotídeo em pacientes submetidos a coronariografia e sua correlação com a doença coronariana
AUTOR(ES)
Joao Batista Gusmao
DATA DE PUBLICAÇÃO
2009
RESUMO
Objetivo: Este estudo foi realizado para investigar o papel potencial da hipersensibilidade do seio carotídeo como um marcador da presença de doença da artéria coronária em pacientes que foram encaminhados ao laboratório de hemodinâmica para propedêutica de angina pectoris crônica. Métodos e resultados: A massagem do seio carotídeo com registro eletrocardiográfico simultâneo foi realizada imediatamente antes da arteriografia coronária em 73 participantes consecutivos selecionados, encaminados para coronariografia, idade média de 62±9,07 anos, sendo 43 do gênero masculino e 30 do gênero feminino; inicio da angina com média de 8,74 meses; classe funcional de angina pectoris (Canadian Cardiovascular Society) média de 1,70. Foi usado o Scoring Technique for Coronary Artery Stenosis graduando a estenose coronária em média de 1,55. Uma resposta estudada durante a massagem do seio carotídeo foi a mudança na frequência cardíaca. A mudança na frequência cardíaca foi definida como o máximo intervalo eletrocardiográfico durante a massagem, dividido pelo intervalo RR basal, vezes 100. Durante o estudo nenhum participante apresentava insuficiência cardíaca descompensada. A resposta à massagem do seio carotídeo foi analisada em relação à classe da angina, gravidade da obstrução e local da estenose coronária. Encontramos 38 participantes (52%) com bradicardia; 9 (12,3%) com tempo de assistolia maior do que 3 segundos; 6 (0,08%) com bloqueio atrioventricular avançado e 23 (31,5%) com redução maior do que 10 batimentos na frequência cardíaca durante a massagem do seio carotídeo. Conclusão: Não encontramos uma relação significante entre a hipersensibilidade do seio carotídeo com a classe de angina pectoris, o escore de doença coronária, a idade e nem com a presença de estenose arterial grave; provavelmente devido ao pequeno tamanho da amostra. Houve associação significante entre a hipersensibilidade do seio carotídeo e o gênero masculino, bem como entre a redução da frequência cardíaca maior do que 10 bpm e a presença de obstrução na artéria coronária descendente anterior.
ASSUNTO(S)
angina pectoris decs doenças torácicas decs seio carotideo decs doença da artéria coronoriana decs hemodinâmica decs hipersensibilidade decs dissertações acadêmicas decs
ACESSO AO ARTIGO
http://hdl.handle.net/1843/ECJS-7YXHQ4Documentos Relacionados
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