Avaliação da atividade larvicida de produtos naturais contra Aedes aegypti (Linnaeus, 1762). / Evaluation of the larvicidal activity of natural products against Aedes aegypti (Linnaeus, 1762).
AUTOR(ES)
Yrla Nívea Oliveira Pereira
FONTE
IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia
DATA DE PUBLICAÇÃO
22/07/2011
RESUMO
Aedes aegypti (Linnaeus, 1762) é o vetor da dengue, cujo processo de ocupação de novas áreas, está associado à produção de lixo, ao fluxo migratório e à alta densidade populacional, que aliado a outros fatores, fornecem as condições necessárias ao desenvolvimento do mosquito e propagação da dengue. O uso intenso e prolongado de produtos químicos traz inúmeros problemas como a seleção de populações resistentes do mosquito e a contaminação do ambiente por um longo período. Por isso, tornou-se necessária a busca por métodos alternativos de controle do vetor da dengue e nesse contexto, as espécies vegetais aparecem como uma opção para o controle de A. aegypti. Assim, este estudo teve como objetivos sistematizar as publicações quanto à atividade larvicida de vegetais contra A. aegypti e avaliar a atividade larvicida de nove extratos brutos vegetais e frações contra A. aegypti. Com relação ao primeiro objetivo foram utilizadas as bases de dados Medline, Lilacs e SciELO e foi observado que 187 espécies vegetais já tiveram a atividade larvicida testada contra A. aegypti, sendo mais utilizados o etanol (43,1%) como solvente e a folha como parte vegetal (37,5%). Dos estudos que expressavam o percentual de mortalidade das larvas, 21,1% foram classificados como altamente ativos e dos que apresentavam valores de Concentração Letal (CL50), 23,6% foram classificados como ativos. Para o segundo objetivo, foram selecionadas nove espécies de plantas para avaliar a atividade larvicida: Cecropia adenopus, Chenopodium ambrosioides, Jacaranda decurrens, Jatropha gossypiifolia, Julocroton triqueter, Orbignya phalerata, Peristrophe angustifolia, Tephrosia cinerea e Turnera ulmifolia. Os extratos hidroalcoólicos foram obtidos das folhas das outras espécies e do mesocarpo de O. phalerata. O extrato hidroalcoólico de J. decurrens foi submetido à partição para obtenção das frações acetato de etila, clorofórmica, hexânica e hidroalcoólica. Os ovos de A. aegypti foram obtidos com o uso de armadilhas tipo ovitrampas e as larvas foram acompanhadas até 3 e 4 estádios quando foram utilizadas nos bioensaios. As espécies C. ambrosioides e J. gossypiifolia não causaram morte das larvas, O. phalerata, P. angustifolia e T. ulmifolia tiveram um percentual de mortalidade igual a 3,3%. Nas outras espécies os percentuais foram: C. adenopus (10%), J. triqueter (23,3%), T. cinerea (46,6%) e J. decurrens (83,3%). Com relação às frações de Jacaranda decurrens, as frações acetato de etila, a hexânica e a hidroalcoólica mostraram percentual de mortalidade igual a 3,3% e a fração clorofórmica igual a 36,6%. Dentre as espécies vegetais, é possível que se encontre opções a serem considerada para uso no controle das larvas, pois os bioinseticidas têm as vantagens de serem obtidos de recursos renováveis e serem rapidamente degradados, aliado a um baixo custo econômico. Nesse contexto, a espécie Jacaranda decurrens apresenta-se como uma opção promissora para uso no controle.
ASSUNTO(S)
extrato hidroalcoólico atividade lavircida parasitologia activity lavircida aedes aegypti aedes aegypti hydroalcoholic extract
ACESSO AO ARTIGO
http://www.uece.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1062Documentos Relacionados
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