Avaliação clínica e evolutiva de crianças em programa de atendimento ao uso de fórmulas para alergia à proteína do leite de vaca
AUTOR(ES)
Aguiar, Ana Laissa O., Maranhão, Clarissa Marques, Spinelli, Lívia Carvalho, Figueiredo, Roberta Marinho de, Maia, Jussara Melo C., Gomes, Rosane Costa, Maranhão, Hélcio de Sousa
FONTE
Rev. paul. pediatr.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2013-06
RESUMO
OBJETIVO: Determinar características clínicas e evolutivas de crianças acompanhadas em programa de referência para fornecimento de fórmulas especiais para alergia ao leite de vaca. MÉTODOS: Estudo descritivo, realizado em amostra de conveniência, com 214 crianças até três anos, com diagnóstico clínico e/ou teste padronizado de provocação oral aberto, referenciadas ao Programa de Fórmulas para Alergia ao Leite de Vaca, em Hospital Universitário Pediátrico de Natal, Rio Grande do Norte (2007/2009). Avaliaram-se dados clínico-epidemiológicos e indicação de fórmulas (soja, hidrolisado ou aminoácido) à consulta inicial, além de resposta clínica e evolução nutricional (Anthro-OMS 2006) após três meses. Aplicaram-se os testes do qui-quadrado e t pareado nas análises, considerando-se significante p<0,05. RESULTADOS: Ao primeiro atendimento, a média de idade foi de 9,0±6,9 meses. Manifestações digestórias foram observadas em 81,8%; cutâneas, em 36,9%; e respiratórias, em 23,8%. Escore Z do IMC <-2,0 desvios padrão (DP) foi encontrado em 17,9% das crianças com sintomas digestórios isolados, em 41,7% em uso de leite de vaca e em 8,7% com outras fórmulas (p<0,01). Fórmula de proteína isolada de soja foi usada em 61,2%; hidrolisados, em 35,4%; e aminoácidos, em 3,3%. As médias de escore Z do IMC ao atendimento inicial e após três meses foram, respectivamente, -0,24±1,47DP e 0,00±1,26DP (p=0,251), quando em uso de soja, e -0,70±1,51DP e -0,14±1,36DP (p=0,322), em uso de hidrolisado. CONCLUSÕES: Manifestações digestórias da alergia ao leite de vaca foram preponderantes e determinaram maior comprometimento nutricional. As fórmulas de substituição ao leite de vaca mais utilizadas foram de proteína isolada de soja e hidrolisados proteicos. O uso de ambas foi importante para a manutenção do estado nutricional.
ASSUNTO(S)
hipersensibilidade a leite dietoterapia substitutos do leite programas leite de soja criança
Documentos Relacionados
- Em tempo: uso indevido e excessivo de fórmulas de aminoácidos na alergia ao leite de vaca
- Apresentação clínica da alergia ao leite de vaca com sintomatologia respiratória
- Ultrassonografia com Doppler em cores e em escala de cinzas para avaliação intestinal em lactentes assintomáticos e com alergia à proteína do leite de vaca
- Teste de desencadeamento aberto no diagnóstico de alergia à proteína do leite de vaca
- Alergia ao leite de vaca: avaliação da tolerância pelo teste cutâneo alérgico