Auto-experiência : a prática artística como imagem, projeção e intuição de si

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

Esta dissertação foi estruturada com base no pressuposto de que a experiência artística se dá através do corpo sensível - seja sob o ponto de vista do artista, na gênese do processo criativo, seja na ótica do processo de recepção estética de uma obra ou proposição artística. Através de propostas performáticas, fotografadas ou filmadas, que realizo com meu corpo, produzo meu trabalho como uma maneira de perceber, refletir e conhecer o mundo a minha volta. Chamo tal soma de conhecimentos, neste texto, de auto-experiência. Ao relacionar-me com o mundo sob a tutela do corpo, percebo que, em conjunção com o conteúdo estético das performances que proponho, meu corpo se confunde com a paisagem. Isto significa que, como intuição oriunda da própria prática criativa, meu corpo capta e reflete o que o rodeia, tornando a realidade que manipulo também uma evocação daquilo que sou. As imagens que sobram desta prática intensificam a experiência que as gerou; pois que, ao ver meu corpo em ação, ao visualizar as imagens resultantes das ações performáticas que realizo, a intuição de que este se confunde com a paisagem se evidencia de maneira contundente. Minha proposta, nesta dissertação, é, portanto, a de especular a respeito deste processo; o que inevitavelmente me leva à questão: quais são as minhas motivações para realizar tal trabalho? Não obstante, esta indagação me conduz a refletir, também, sobre o que penso sobre a arte em geral, como percebo sua ligação com a vida, e como se dá, para mim, a experiência estética de contato com uma obra de arte, e, mais especificamente, com as imagens que proponho para o outro.

ASSUNTO(S)

autoexperiência : arte fotografia arte contemporânea autoimagem : arte poeticas visuais

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