Alterações cognitivas na esquizofrenia: conseqüências funcionais e abordagens terapêuticas

AUTOR(ES)
FONTE

Archives of Clinical Psychiatry (São Paulo)

DATA DE PUBLICAÇÃO

2007

RESUMO

CONTEXTO: Muitos pacientes com esquizofrenia apresentam prejuízos cognitivos significativos, especialmente em relação à memória, à atenção e ao funcionamento executivo. Esses prejuízos inevitavelmente têm um importante impacto sobre a conseqüência funcional da doença. OBJETIVO: Este artigo tem como foco os aspectos do funcionamento cognitivo na esquizofrenia, sua relação com as conseqüências funcionais e o efeito das medicações antipsicóticas sobre a cognição. MÉTODO: pesquisa de base de dados Medline/PubMed e Lilacs utilizando os termos esquizofrenia, cognição, neuropsicologia, desfecho, funcionamento, tratamento. RESULTADOS: Apesar de um grande número de pesquisas descrever alterações cognitivas na esquizofrenia, ainda não há uma concordância em relação ao padrão desses déficits. Contudo, alterações cognitivas têm apresentado correlação significante com o nível de prejuízo funcional. Os antipsicóticos de segunda geração parecem ter um impacto positivo na cognição, entretanto, o significado dessa melhora cognitiva no desempenho funcional e social dos pacientes ainda não é claro. Os resultados na área de reabilitação neuropsicológica, apesar de discretos, mostram-se promissores. CONCLUSÃO: A habilidade dos antipsicóticos de segunda geração de melhorar domínios específicos da cognição varia com o padrão de alterações apresentado por esses pacientes. Assim, estratégias para melhorar a cognição de pacientes com esquizofrenia incluem o uso dos antipsicóticos de segunda geração em associação com as abordagens de reabilitação neuropsicológica.

ASSUNTO(S)

déficits cognitivos esquizofrenia conseqüência funcional antipsicóticos reabilitação neuropsicológica

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