Acurácia diagnóstica do protocolo de ultrassom pulmonar à beira do leito em situações de emergência para diagnóstico de insuficiência respiratória aguda em pacientes com ventilação espontânea
AUTOR(ES)
Dexheimer Neto, Felippe Leopoldo, Andrade, Juliana Mara Stormovski de, Raupp, Ana Carolina Tabajara, Townsend, Raquel da Silva, Beltrami, Fabiana Gabe, Brisson, Hélène, Lu, Qin, Dalcin, Paulo de Tarso Roth
FONTE
J. bras. pneumol.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2015-02
RESUMO
Objetivo: O ultrassom pulmonar (USP) à beira do leito é uma técnica de imagem não invasiva e prontamente disponível que pode complementar a avaliação clínica. O protocolo Bedside Lung Ultrasound in Emergency (BLUE, ultrassom pulmonar à beira do leito em situações de emergência) demonstrou elevado rendimento diagnóstico em pacientes com insuficiência respiratória aguda (IRpA). Recentemente, um programa de treinamento em USP à beira do leito foi implementado na nossa UTI. O objetivo deste estudo foi avaliar a acurácia do USP baseado no protocolo BLUE, quando realizado por médicos com habilidades básicas em ultrassonografia, para orientar o diagnóstico de IRpA. Métodos: Ao longo de um ano, todos os pacientes adultos consecutivos respirando espontaneamente admitidos na UTI por IRpA foram prospectivamente inclusos. Após treinamento, 4 operadores com habilidades básicas em ultrassonografia realizaram o USP em até 20 minutos após a admissão na UTI, cegados para a história do paciente. Os diagnósticos do USP foram comparados aos diagnósticos da equipe assistente ao final da internação na UTI (padrão-ouro). Resultados: Foram inclusos na análise 37 pacientes (média etária: 73,2 ± 14,7 anos; APACHE II: 19,2 ± 7,3). O diagnóstico do USP demonstrou concordância com o diagnóstico final em 84% dos casos (kappa total: 0,81). As causas mais comuns de IRpA foram pneumonia (n = 17) e edema pulmonar cardiogênico (n = 15). A sensibilidade e a especificidade do USP comparado ao diagnóstico final foram de 88% e 90% para pneumonia e de 86% e 87% para edema pulmonar cardiogênico, respectivamente. Conclusões: O USP baseado no protocolo BLUE foi reproduzível por médicos com habilidades básicas em ultrassonografia e acurado para o diagnóstico de pneumonia e de edema pulmonar cardiogênico.
ASSUNTO(S)
ultrassonografia de intervenção insuficiência respiratória unidades de terapia intensiva
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