A utilização da tecnologia assistiva como um recurso para inclusão escolar de alunos com sequelas de mielomeningocele
AUTOR(ES)
Caroline Penteado de Assis
DATA DE PUBLICAÇÃO
2010
RESUMO
As pesquisas sobre a inclusão de alunos com mielomeningocele realizadas no país discutem somente o acesso desses alunos ao contexto escolar. Para aprofundar os estudos nesta área educacional tornou-se necessário investigar diretamente a realidade desses alunos junto às escolas regulares. E como estes alunos podem desenvolver diversas sequelas que interferem no seu desempenho escolar existe a necessidade da utilização de recursos de tecnologia assistiva a fim de proporcionar uma maior autonomia e independência no contexto escolar. Assim o objetivo deste estudo foi identificar, analisar e discutir a utilização de recursos de Tecnologia Assistiva, em função das sequelas apresentadas pelos alunos com mielomeningocele incluídos no ensino regular. Participaram desta pesquisa onze pessoas, sendo quatro alunos com sequelas de mielomeningocele e sete professores (quatro da sala regular e três do atendimento educacional especializado). Para coleta de dados foram utilizados cinco instrumentos, construídos especificamente para este estudo: dois Roteiros de Entrevistas, os quais descreviam a inclusão escolar dos alunos, segundo a opinião dos professores da sala regular e de recursos; a Escala de Percepção dos Professores sobre a Mielomeningocele que tinha o objetivo de levantar o desempenho escolar dos alunos e o grau de auxílio das tecnologias utilizadas por eles no ambiente escolar; o Roteiro de Observação do Desempenho do Aluno com Sequela de Mielomeningocele utilizado para descrever o desempenho do aluno no contexto escolar e por fim o Roteiro de Categorização do Uso da Tecnologia Assistiva no Contexto Escolar que proporcionava a orientação da observação sobre o uso das tecnologias no contexto escolar. Os resultados indicaram que existe demanda para implementação dos recursos diante do desempenho escolar apresentado pelos alunos com sequelas de mielomeningocele, mas os únicos recursos encontrados para promover a participação dos quatro alunos no contexto escolar foram duas cadeiras de rodas e uma órtese de posicionamento do tornozelo, ou seja, recursos que o próprio aluno trazia para escola. Foi possível perceber que ainda há o desconhecimento por parte dos profissionais da escola sobre as possibilidades concretas de implementação dos recursos de tecnologia, as quais estão relacionadas à falta de capacitação e de identificação das reais necessidades e potencialidades dos alunos.
ASSUNTO(S)
mielomeningocele educação especial inclusão escolar educacao especial tecnologia assistiva
ACESSO AO ARTIGO
http://www.bdtd.ufscar.br/htdocs/tedeSimplificado//tde_busca/arquivo.php?codArquivo=3077Documentos Relacionados
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