A Resignação como processo libertador da vontade na filosofia de Arthur Schopenhauer

AUTOR(ES)
DATA DE PUBLICAÇÃO

2008

RESUMO

O filósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788 1860) é conhecido por seu acentuado pessimismo. O mundo não é o melhor dos mundos possíveis e a sua não existência é preferível a sua existência. O mundo carrega em sua existência um caráter de culpabilidade. O pessimismo schopenhaueriano não é decorrente da somatória de eventos tristes e dolorosos ou da verificação da ausência de eventos felizes. Ele está alicerçado sobre a sua metafísica. Schopenhauer identifica a essência íntima do mundo a Vontade como a raiz de toda dor e sofrimento. A Vontade é a fonte de dores porque ela é querer. O querer da Vontade está lançado ao infinito. Schopenhauer propõe a fuga destes sofrimentos através da libertação proporcionada pelo conhecimento melhor. É esse excedente de conhecimento que capacita o reconhecimento de que toda a natureza partilha da mesma essência. É esse conhecimento que origina a compaixão pela mesma essência sofredora e que capacita a liberdade. O ser humano não mais quer. Ele deliberadamente partilhando com a Vontade do atributo da liberdade nega em si mesmo aquilo que a Vontade quer. Ele se resigna. Nesta resignação, ele busca o ascetismo da castidade, da pobreza voluntária e de condições mínimas de existência. É mediante a resignação que ele alcança a bem-aventurada paz do nada

ASSUNTO(S)

resignação schopenhauer libertação conhecimento melhor teologia

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