Os conceitos de vontade e representação no entendimento do mundo segundo Arthur Schopenhauer.

AUTOR(ES)
FONTE

IBICT - Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia

DATA DE PUBLICAÇÃO

19/09/2011

RESUMO

A presente dissertação constitui-se de uma pesquisa teórico-bibliográfica acerca dos conceitos de Vontade erepresentação no entendimento do mundo, segundo o pensamento do filósofo voluntarista Arthur Schopenhauer. No intuito de explicitar a conexão existente entre o conceito de Vontade e o aspecto pessimista da filosofia schopenhaueriana, e entre o conceito de representação e a possibilidade singular de aquietar o sofrimento gerado pela Vontade, este trabalho apóia-se nos escritos do próprio autor e de alguns comentaristas, portanto foi construído como um diálogo com o filósofo sobre sua teoria, uma análise bibliográfica do mesmo. Segundo o pensador alemão, o mundo é dividido em duas realidades: a numênica, a coisa em si, uma força cega, denominada Vontade; e a fenomênica, as representações subjetivas realizadas pelo sujeito cognoscente. A realidade numênica, a Vontade, provoca nos humanos um ciclo de desejos jamais saciados e que os impedem de ser felizes. O pessimismo schopenhaueriano sustenta-se, então, no conceito de Vontade. Entretanto, um estado de beatitude pode ser alcançado, desde que subjuguemos a Vontade ao conhecimento por meio da contemplação estética, que abstrai o homem momentaneamente do sofrimento; da compaixão, que faz desaparecer as formas individuais, fazendo o homem compreender o outro como a si; e, finalmente, por meio da ascese, que mortifica definitivamente a Vontade, suprimindo os desejos materiais e corporais. Portanto, a possibilidade de uma vida beata, sempre singular, só pode ser alcançada mediante a singularidade existente no conceito de representação.

ASSUNTO(S)

otimismo prático pessimismo metafísico representação vontade filosofia will representation metaphysical pessimism practical optimism

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