A natureza do comÃrcio das regiÃes brasileiras no Mercosul

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DATA DE PUBLICAÇÃO

2006

RESUMO

O Brasil, na Ãltima dÃcada, iniciou uma polÃtica de liberalizaÃÃo do comÃrcio externo para atender Ãs expectativas de inserÃÃo das economias globalizadas. O processo foi realizado juntamente com a promoÃÃo da estabilidade da economia brasileira, principalmente o controle da inflaÃÃo e o surgimento e inserÃÃo do Brasil no Mercosul. A nova conjuntura da economia mundial e a polÃtica macroeconÃmica interna alteraram as relaÃÃes de comÃrcio do Brasil com seus parceiros comercias e com os demais membros do Mercosul. Como no Brasil as disparidades regionais sÃo reais, à natural que se investigue o comportamento do comÃrcio internacional das regiÃes brasileiras, em particular das RegiÃes Nordeste, Sudeste e Sul, as quais conjuntamente, sÃo responsÃveis por mais de 90,0% do comÃrcio internacional brasileiro e 95,0% para o Mercosul. Assim, a investigaÃÃo deste trabalho foi voltada para o comÃrcio dessas regiÃes para com o Mercosul. Para isto, foi analisado o fluxo de comÃrcio dessas regiÃes no padrÃo do comÃrcio internacional tradicional, onde predomina a explicaÃÃo do comÃrcio interindÃstria e o fluxo do comÃrcio intra-indÃstria, explicadas pelas economias de escala e pela diferenciaÃÃo de produtos. Em particular, objetivou-se analisar as caracterÃsticas do fluxo de comÃrcio internacional das regiÃes Nordeste, Sudeste e Sul, em termos de intensidades fatoriais dentro das condiÃÃes da teoria tradicional do comÃrcio. Por outro lado, procurou-se averiguar a contribuiÃÃo do comÃrcio intra-indÃstria no crescimento do fluxo de comÃrcio intra-bloco e as caracterÃsticas deste tipo de comÃrcio em cada uma destas regiÃes do Brasil. Os resultados mostram que em termos de comÃrcio global, nas trÃs regiÃes analisadas, as importaÃÃes apresentaram maior intensidade de capital que as exportaÃÃes, corroborando com os preceitos da teoria tradicional do comÃrcio internacional. Com relaÃÃo ao uso dos fatores, nas exportaÃÃes da RegiÃo Nordeste para o resto do mundo e para o Mercosul, parece existir um comportamento paradoxal no aproveitamento das vantagens comparativas, pois hà uma expressiva participaÃÃo dos bens intensivos em capital em detrimento dos bens intensivos em recursos naturais e mÃo-de-obra. Nos resultados para a regiÃo Sul, na relaÃÃo trabalho-recursos naturais, as exportaÃÃes sÃo intensivas em recursos naturais, portanto condizentes com os preceitos das vantagens comparativas para esta regiÃo. No entanto, suas exportaÃÃes tambÃm se mostraram intensivas em capital corroborando os resultados encontrados para as RegiÃes Nordeste e Sudeste. Quanto ao comÃrcio intra-indÃstria, os resultados mostram que os Ãndices totais de comÃrcio para as regiÃes analisadas foram sensÃveis à implementaÃÃo do Mercosul. Apesar dos problemas enfrentados por este bloco, houve aumento no comÃrcio intra-indÃstria entre as RegiÃes Sudeste, Nordeste e Sul com os paÃses do Mercosul. Com relaÃÃo aos determinantes do comÃrcio intra-indÃstria, os coeficientes encontrados indicam que este tipo de comÃrcio està relacionado ao nÃvel de renda mais alto e onde as barreiras tarifÃrias sÃo menores.

ASSUNTO(S)

economia internacional mercosul vantagens comparativas (comÃrcio) comÃrcio internacional âintegraÃÃo regional

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