A literatura com a tesoura na mão: sobre Brandão, Burroughs e Gysin
AUTOR(ES)
Oliveira, Joaquim Adelino Dantas de
FONTE
Estud. Lit. Bras. Contemp.
DATA DE PUBLICAÇÃO
2017-04
RESUMO
resumo Zero, de Loyola Brandão, é um romance que desperta desconforto e estranhamento em seus leitores. A violência e o caos, tanto temáticos quanto estéticos, e o próprio procedimento de composição a partir de fragmentos e retalhos, são elementos que causam esse estranhamento. Nesse artigo, partimos da hipótese de que a voz experimental que rege o texto de Zero luta não somente contra a Ditadura Militar brasileira (seu contexto histórico), mas sim se insere numa esteira de obras que, histórica e perpetuamente, posicionam-se contra um discurso - ou qualquer discurso - de opressão. Nosso diálogo crítico se foca na composição estético-estrutural de Zero e nas suas consequências crítico-políticas. Portanto, optamos por trazer à tona a relação entre essa obra e a experimental e libertária técnica literária desenvolvida por Burroughs e Gysin, tentando enxergar, assim, Zero enquanto uma espécie de romance cut-up.
ASSUNTO(S)
zero ignácio de loyola brandão william burroughs brion gysin cut-up
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