A linguagem como caráter constitutivo do ser-aí em Ser e Tempo de Martin Heidegger
AUTOR(ES)
Tatiane Pereira Boechat
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008
RESUMO
Em Ser e Tempo, Heidegger nos fala da co-originariedade (Gleichursprünglich) entre os existenciais fundamentais que constituem a abertura do ser-no-mundo: disposição afetiva (Befindlichkeit), compreensão (Verstehen) e discurso (Rede). Procuramos entender de que modo esses existenciais são articulados entre si, de maneira a perceber como Heidegger estrutura um conceito de linguagem. Segundo interpretamos, há uma noção implícita de linguagem nesta obra, estabelecida a partir da lida cotidiana do ser-aí. Desse modo, investigaremos a relação entre discurso (Rede) e linguagem (Sprache), buscando entender o estado de expressão do discurso através da linguagem. Assim, podemos compreender como Heidegger procura legitimar a problemática ontológica. Perceberemos a inviabilidade desta questão se, como admitimos, ela estiver ancorada na relação que vincula discurso e linguagem. Essa impossibilidade se torna ainda mais clara ao analisarmos a proposta do termo Gleichurprünglich relacionada aos existenciais fundamentais.
ASSUNTO(S)
interpretação discurso compreensão filosofia linguagem
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