A influência da regulação do acesso aos serviços de saúde e da incorporação tecnológica no perfil de mortalidade da pancreatite aguda biliar
AUTOR(ES)
Carvalho, Francisco Ribeiro de, Santos, José Sebastião dos, Elias Junior, Jorge, Kemp, Rafael, Sankarankutty, Ajith Kumar, Fukumori, Olívia Yumi, Souza, Manoel Carlos L. de Azevedo, Castro-e-Silva, Orlando de
FONTE
Acta Cirurgica Brasileira
DATA DE PUBLICAÇÃO
2008
RESUMO
OBJETIVO: Avaliou-se a influência do acesso aos recursos assistenciais e tecnológicos sobre a mortalidade na pancreatite aguda biliar (PAB). MÉTODOS: Os casos de PAB tratados num hospital universitário foram estudados em dois períodos: 1995 a 1999 e 2000 a 2004, antes e depois da implantação da Regulação Médica. RESULTADOS: Do total de 727 casos com pancreatite aguda atendidos, 267 apresentavam PAB e tiveram a gravidade avaliada pelo escore de APACHE II. Houve redução dos encaminhamentos de casos entre os períodos, de 441 para 286 (p < 0,001). O perfil dos pacientes com PAB no primeiro período (n = 154) e no segundo (n =113) foi semelhante quanto à idade, sexo, gravidade, incidência de colestase e mortalidade. A incidência de pacientes com hematócrito > 44 foi menor no segundo período (p < 0,002). O emprego de colangiografia por ressonância magnética, da colecistectomia por videolaparoscopia e do acesso à terapia intensiva foi significantemente maior no segundo período. A maioria dos óbitos ocorreu até os 14 dias de admissão, 73,4% no primeiro período e 81,3% no segundo. CONCLUSÃO:A melhora do suporte tecnológico e clínico não foi suficiente para modificar o perfil de mortalidade na PAB, o que indica a necessidade de avaliar terapêuticas para a sua resposta inflamatória.
ASSUNTO(S)
pancreatite biliar apache ii regulação médica colestase mortalidade emergência